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Anitta visita Cacique Raoni no Xingu e grava especial com Luciano Huck
Cantora e apresentador participaram do Kuarup e destacaram importância da preservação da Amazônia
Encontro no Território Indígena do Xingu
Anitta e Luciano Huck viajaram no fim de semana até o Mato Grosso para visitar o Território Indígena do Xingu. Durante a passagem, eles se encontraram com o cacique Raoni Metuktire, líder mẽbêngôkre (conhecidos como Kaiapó). O apresentador aproveitou a visita para gravar vídeos especiais para o “Domingão com Huck”, da Globo.
O cacique lançou em junho o livro “Memórias do Cacique”, publicado pela Companhia das Letras, que reúne reflexões sobre sua trajetória, recados para as novas gerações e lembranças de sua luta histórica.
Luciano Huck fala em “privilégio” e anuncia especial
Huck registrou a experiência nas redes sociais. “Nos últimos dias, tivemos a honra e o privilégio de sermos recebidos pelos povos Kuikuro e Kayapó no Território Indígena do Xingu. Foram experiências únicas — como a conversa emocionante com o Cacique Raoni, a maior liderança indígena do Brasil e um símbolo global da resistência pela Amazônia e pela defesa dos povos originários. Sua trajetória, reconhecida com duas indicações ao Prêmio Nobel da Paz (2019 e 2020), é inspiração para o mundo”, escreveu em publicação feita em colaboração com Anitta.
Ele também destacou o ritual tradicional: “Também tivemos o privilégio de testemunhar o Kuarup, o ritual mais importante dos povos do Xingu. Mais do que uma homenagem aos mortos, é uma celebração da vida, da ancestralidade e da conexão profunda com a floresta. Para os povos indígenas, preservar a Amazônia é preservar a vida. E um agradecimento especial à querida Anitta, pela confiança e pela sua belíssima jornada — dentro e fora dos palcos. Breve no Domingão”.
O que disse Anitta sobre a viagem?
A cantora reforçou seu engajamento com a causa indígena. “A convite de lideranças indígenas e de organizações comprometidas com a luta por seus direitos, gravei um programa especial para o ‘Domingão com Huck’. Quero agradecer ao Luciano Huck por ter me levado. Fomos até o Xingu, na aldeia Ipatse, do povo Kuikuro, onde vivenciei de perto o Kuarup, ritual que celebra a memória e a trajetória daqueles que já fizeram passagem. Além disso, tive a honra de conhecer o Cacique Raoni, na Terra Indígena do povo Kayapó, esse homem que dedica anos da sua vida à defesa da floresta, à proteção dos territórios indígenas e ao futuro da humanidade”.
Críticas ao Congresso e defesa da preservação
Anitta também publicou um texto em defesa do meio ambiente. “Vocês sabiam que florestas como a Mata Atlântica e a Amazônia foram cuidadas e manejadas ao longo de milênios pelos povos indígenas? Esse é um legado para todo o Brasil — e também um compromisso de todos nós: defender os verdadeiros guardiões das florestas”.
Ela alertou para os riscos das recentes movimentações políticas em Brasília. “Mas como faremos isso se o Congresso Nacional pode regulamentar a mineração em grande escala nesses territórios ou impedir novas demarcações? Recentemente, a Comissão de Direitos Humanos aprovou o PL 6040/23, que libera garimpo e outras atividades em Terras Indígenas. Ao mesmo tempo, a Lei 14.701/2023 ameaça inviabilizar novas demarcações, promovendo um grande retrocesso nos direitos dos povos indígenas. Precisamos de uma resposta rápida do STF para garantir a proteção desses territórios e de suas comunidades”, ressaltou.
