
Divulgação/Globo
“Tieta” vai ganhar nova versão
Romance de Jorge Amado será recontado nos cinemas em releitura feminina, com roteiro e atuação de Suzana Pires
Nova adaptação traz releitura feminina de “Tieta”
“Tieta do Agreste”, clássico de Jorge Amado que já conquistou o público na televisão e no cinema, ganhará uma nova adaptação. A confirmação do projeto foi feita pelo site americano The Hollywood Reporter. A produção será estrelada e roteirizada por Suzana Pires (“De Perto, Ela Não é Normal”), sob direção de Joana Mariani (“Me Chama que Eu Vou”), com realização da Muiraquitã Filmes, de Eliane Ferreira — responsável por “Retrato de um Certo Oriente” (2024) e “Querência” (2019).
O longa-metragem propõe uma releitura da história, agora sob perspectiva feminina, destacando novos olhares para o enredo da personagem que retorna a Santana do Agreste após 26 anos de exílio. A relação entre Tieta e sua irmã Perpétua, representantes simbólicas de liberdade e repressão, será central na narrativa. Segundo a produção, a protagonista será apresentada como “símbolo de resiliência e liberdade”, reforçando temas como amor, desigualdade social e identidade cultural, presentes na obra de Jorge Amado.
Clássico de Jorge Amado já foi sucesso na TV e no cinema
“Tieta do Agreste” se tornou um dos marcos da teledramaturgia brasileira em 1989, ao ser adaptada pela Globo com Betty Faria no papel principal. A novela conquistou altos índices de audiência e permanece como referência, tendo sido reprisada recentemente pelo canal Viva e na própria Globo, com boa recepção do público.
Além do sucesso na televisão, o romance já havia sido adaptado para o cinema em 1996, com Sônia Braga vivendo a protagonista — atriz que também foi destaque em “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976) e “Gabriela” (1975 e 1983), inspiradas em outros clássicos de Jorge Amado.
Expectativa de alcançar novos públicos
A produção do novo longa-metragem aposta em apresentar a complexidade da personagem Tieta a plateias internacionais, repetindo o caminho trilhado por outras adaptações da obra de Jorge Amado que ganharam espaço fora do Brasil. A versão de cinema de “Gabriela”, por exemplo, contou com o italiano Marcello Mastroianni como co-protagonista.