
Divulgação/Warner Bros.
“Superman” estreia com 88% de aprovação no Rotten Tomatoes e impulsiona o novo DCU
Filme de James Gunn é lançado com alta aprovação entre críticos e pode alcançar a maior estreia de cinema do ano
Críticas iniciais apontam forte aprovação de “Superman”
O embargo das críticas de “Superman” caiu nesta terça-feira (8/7), acompanhando a pré-estreia do filme nos cinemas. Segundo o Rotten Tomatoes, site que consolida a média de avaliações de veículos internacionais, o longa dirigido por James Gunn foi lançado com 88% de aprovação após a publicação de 96 críticas. Esse percentual caiu para 86% após 100 críticas e ainda pode variar ao longo dos próximos dias, conforme mais opiniões forem registradas na plataforma.
Como a nota se compara a outros filmes da DC?
No histórico do universo DC, “Superman” já estreia entre os títulos mais bem avaliados. O desempenho atual coloca o longa à frente de produções deste século como “Aves de Rapina” (78%), “Aquaman” (65%), “O Homem de Aço” (56%), “Liga da Justiça” (39%), “Adão Negro” (39%), “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” (28%) e “Esquadrão Suicida” (26%), sem contar todas as sequências, ficando atrás apenas de “Mulher-Maravilha” (93%), “Shazam!” (90%) e “O Esquadrão Suicida” (90%) na lista dos principais lançamentos da antiga franquia DCEU. Entre os projetos comandados por James Gunn, além de “O Esquadrão Suicida”, “Superman” também é superado por “Guardiões da Galáxia” (92%), mas supera as avaliações de “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (85%) e “Guardiões da Galáxia Vol. 3” (82%).
O que a crítica achou?
Um fator que tem determinado as tendências da crítica é a surpresa com o tom politizado da produção. Muito se falou nos últimos dias sobre o fato de Superman ser apresentado como um imigrante nos Estados Unidos, mas o ponto de partida do filme é ainda mais divisivo: um conflito entre dois países fictícios da DC, que a ambientação coloca no Oriente Médio, sendo um deles agressor com alta tecnologia de destruição como Israel. Sem saber desse detalhe, a Fox News já tinha chamado Superman de “Superwoke”. E essa polarização se reflete nas críticas.
“Superman” enfrenta ódio tanto de publicações alinhadas ao conservadorismo quanto de críticos que subestimam filmes de super-heróis, mas mesmo assim a maioria das publicações tem feito elogios rasgados. “Um super-sopro de ar fresto para a DC e os filmes de super-heróis em geral”, resumiu o site ScreenCrush. “Um sopro de ar fresco adocicado por uma afeição profunda pelo material”, completou a revista The Hollywood Reporter. “O público devia comparecer em massa”, concluiu a Variety.
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O que esperar da bilheteria?
Analistas projetam que “Superman” pode alcançar uma das maiores bilheteiras do ano, com estimativas que variam de US$ 110 milhões a US$ 170 milhões na América do Norte no fim de semana de estreia. O filme, que custou cerca de US$ 200 milhões, terá pela frente a concorrência direta de “Jurassic World: Recomeço”, ainda forte no circuito.
Em entrevista recente, James Gunn comentou a respeito das expectativas de arrecadação: “A ideia de que o filme precise alcançar US$ 700 milhões no mundo todo para ser considerado um sucesso não é verdadeira”. Isto porque o longa é mais barato que os últimos filmes da Marvel que fracassaram, mas também porque a Warner dever trabalhar com lançamento em VOD e lucrar com locação digital antes de disponibilizar o filme na HBO Max.
O diretor reforçou ainda que o tom de “Superman” não será um padrão do novo DCU (Universo Cinematográfico da DC, na sigla em inglês), que envolve um novo ciclo de produções com abordagem distintas.