
Divulgação/Paramount+
O que chega no streaming: Confira os destaques até 19 de julho
Seleção reúne os principais lançamentos de Netflix, Prime Video, Disney+, HBO Max, Paramount+, Crunchyroll, Mubi e VoD durante a nova semana
A programação da semana traz de volta séries populares como “Star Trek: Strange New Worlds”, “The Chosen”, “O Verão que Mudou Minha Vida” e “Kaiju No. 8”, com públicos bastante diversos. A lista de filmes também traz opções variadas, do novo documentário político de Petra Costa a mais uma comédia de Leandro Hassum, passando por “O Esquema Fenício”, thrillers de ação, animação europeia e K-dramas. Confira 22 destaques, previstos para chegar ao streaming até o próximo sábado, 19 de julho.
AGORA
🎞️ PROIBIDO A CÃES E ITALIANOS | Vod*
▶ Assista ao trailerA animação adulta em stop-motion explora a migração italiana no início do século 20. Com gancho biográfico, a trama foca na jornada de Luigi Ughetto, avô do diretor Alain Ughetto (“Jasmine”), acompanhando sua jornada ao deixar a terra natal na Itália em busca de uma vida melhor na França. Diante das dificuldades econômicas e sociais em Ughettera, uma vila no norte da Itália, Luigi decide cruzar os Alpes e iniciar uma nova vida, mudando o destino de sua família para sempre.
O trabalho delicado mescla poesia e realismo, contextualizando a xenofobia e a dura realidade dos italianos que buscavam novas oportunidades em terras estrangeiras, ao mesmo tempo em que introduz cenas líricas, com Alain Ughetto dialogando ficcionalmente com sua falecida avó, Cesira, para recriar as memórias familiares e dar uma dimensão universal à experiência dos imigrantes. A obra passou por diversos festivais internacionais e recebeu prêmios importantes, como o Prêmio do Júri no Festival de Animação de Annecy e o troféu de Melhor Filme de Animação da Academia Europeia de Cinema.
🎞️ RITAS | Vod*
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O documentário dirigido por Oswaldo Santana, com colaboração de Karen Harley, faz um retrato sensível e multifacetado de Rita Lee. Utilizando imagens de arquivo, animações e colagens visuais, “Ritas” privilegia o olhar e a voz da própria artista, que narra episódios marcantes de sua trajetória, desde o começo em Os Mutantes até a consagração como ícone do rock brasileiro.
A narrativa se constrói a partir da última entrevista de Rita Lee e de registros inéditos feitos por ela mesma, dialogando com a pluralidade de suas personas. A trilha sonora destaca sucessos como “Ovelha Negra”, “Lança Perfume” e “Mania de Você”, ao lado de trilha original composta por Zeca Baleiro. Apresentado no festival É Tudo Verdade 2025, o filme foi celebrado por equilibrar recursos visuais inventivos e fidelidade ao espírito livre da homenageada, consolidando-se como um documento afetivo sobre o legado da artista.
🎞️ TUBARÃO: POR TRÁS DO CLÁSSICO | Disney+
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O documentário revisita o impacto transformador do primeiro clássico de Steven Spielberg ao reconstruir a trajetória do filme que mudou Hollywood. A produção resgata o contexto da estreia de “Tubarão”, há exatos 50 anos, e detalha como a ousadia de filmar em mar aberto, sob condições imprevisíveis, quase afundou o projeto antes do lançamento.
Em depoimento exclusivo, acompanhado por imagens de bastidores da época, o cineasta relembra as dificuldades com o famoso tubarão mecânico, que quebrou inúmeras vezes e ampliou a tensão do set. O cronograma estourou em mais de 100 dias e o orçamento dobrou, levando Spielberg a acreditar que nunca mais comandaria outro filme após “Tubarão”. O clima era de caos: turistas invadiam tomadas, atores lidavam com enjoos durante as filmagens em alto mar e o elenco principal travava embates frequentes, especialmente Robert Shaw e Richard Dreyfuss.
O longa dirigido por Laurent Bouzereau revela como cada obstáculo técnico e humano acabou moldando não só o suspense do filme, mas todo o conceito moderno de blockbuster. Com US$ 260 milhões arrecadados na época, “Tubarão” inaugurou a era dos blockbusters de verão, fenômenos de bilheteria, influenciando produções como “Star Wars” e “Jurassic Park”. Seu sucesso mudou a relação do público com os oceanos, acabou com a reputação dos tubarões e estabeleceu novos parâmetros para a indústria do cinema.
DOMINGO
🎞️ O ESQUEMA FENÍCIO | Vod*
▶ Assista ao trailerA nova comédia de Wes Anderson mescla espionagem e drama familiar com o estilo inconfundível do cineasta. Visualmente, a obra carrega a marca registrada do diretor: composições simétricas meticulosas, paleta de cores pastéis e cenografia retrô constroem um mundo ligeiramente paralelo, onde a estética de época flerta com o absurdo. Mas há uma diferença notável de ritmo: os minutos iniciais figuram entre os mais frenéticos e chocantes da filmografia do diretor. Logo na abertura, por exemplo, uma sequência insólita mostra o atentado contra o protagonista. Uma bomba explode dentro de seu avião particular, em pleno voo, resultando numa cena gráfica que surpreende por sua violência cênica em um filme de Anderson. Essa introdução estabelece o tom: embora elegante e cheia de humor, a obra abraça também uma ação mais visceral, quase paródica dos filmes de espionagem convencionais.
A trama se passa em meados da Guerra Fria e acompanha o extravagante magnata Anatole “Zsa-zsa” Korda – considerado um dos homens mais ricos do mundo – , que, após perceber que pode ser vítima de novos atentados, tenta fazer as pazes com a filha distante e concluir um projeto de infraestrutura faraônico apelidado “Esquema Fenício”. Korda declara que a filha Liesl, uma jovem freira que até então vivia afastada dos negócios do pai, será a herdeira exclusiva de seu império, mas impõe como condição que ela o ajude pessoalmente a despistar rivais e inimigos que possam sabotar seu projeto. Ao lado do ingênuo assistente e entomologista norueguês Bjorn, pai e filha embarcam numa jornada itinerante por diversas cidades europeias e pelo Oriente Médio, negociando secretamente com empresários inescrupulosos, empreiteiros e até criminosos – tudo enquanto tentam confundir os concorrentes sobre as verdadeiras intenções do “Esquema Fenício”. Entre jantares opulentos, reuniões clandestinas e perseguições excêntricas, o roteiro costura uma sátira da diplomacia empresarial em tempos de tensão geopolítica, sempre com o humor deadpan e os diálogos afiados característicos de Anderson.
Conhecido por filmes cultuados como “Os Excêntricos Tenenbaums” e “O Grande Hotel Budapeste”, Anderson volta a reunir um elenco grandioso, como já é praxe em seus lançamentos. Benicio Del Toro (“Sicário: Terra de Ninguém”) assume o centro das atenções como Zsa-zsa Korda, equilibrando a excentricidade cômica do personagem – um bon vivant que enfrenta tentativas de assassinato – com um ar melancólico de quem carrega segredos e traumas. A jovem Mia Threapleton (“Os Buscaneiros”) retrata Liesl com uma curiosa mistura de inocência e determinação silenciosa. Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”) encarna o desajeitado Bjorn e serve de alívio cômico em muitas cenas, representando o ponto de vista do espectador perplexo diante das extravagâncias da família Korda. Eles são acompanhados por vários atores da entourage de Anderson: do velho parceiro Bill Murray (“Os Excêntricos Tenembaums”) à nova seguidora Scarlett Johansson (“Jurassic World: Recomeço”), dando vida a oficiais militares caricatos, espiões atrapalhados e personagens idiossincráticos que cruzam o caminho do trio protagonista.
Ao mesmo tempo, sob a superfície exuberante – cada cena repleta de detalhes exaustivos –, há um fio afetivo sincero: no fundo, trata-se de uma história sobre pai e filha tentando se reconectar em meio ao caos.
📺 THE CHOSEN | Prime Video
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A 5ª temporada da série bíblica que se tornou um fenômeno global acompanha os últimos dias de Jesus, preparando o público para um momento central da fé cristã: a Última Ceia. O tratamento é emocional, com foco nas interações íntimas entre Jesus e seus apóstolos, diante da crescente tensão com as autoridades religiosas de Jerusalém.
A série se destaca pela abordagem humanizada. Jonathan Roumie interpreta um Jesus acessível e afetuoso, e sua relação com Simão Pedro (Shahar Isaac) e Maria Madalena (Elizabeth Tabish) é desenvolvida com naturalidade. As cenas da Ceia são marcadas por simbolismo, mas também por emoção contida — a construção desse momento é feita com sobriedade, sem exageros nem teatralidade.
A produção prioriza autenticidade, desde o elenco, formado por atores de origem compatível com os personagens históricos, até a ambientação, filmada em locações reais. Com cinco temporadas e milhões de espectadores em mais de 180 países, “The Chosen” se consolidou como a mais ambiciosa representação audiovisual da vida de Jesus na era do streaming. A nova temporada mantém esse padrão, com episódios que buscam intensidade dramática e fidelidade espiritual ao mesmo tempo.
SEGUNDA
🎞️ APOCALIPSE NOS TRÓPICOS | Netflix
▶ Assista ao trailerO novo documentário de Petra Costa – cineasta brasileira indicada ao Oscar por “Democracia em Vertigem” (2019) – mergulha na interseção alarmante entre religião e política no Brasil contemporâneo. Coescrito com Alessandra Orofino (“Greg News”), o longa investiga como o crescimento do cristianismo evangélico, com sua ideologia de fim dos tempos, desempenhou um papel crucial na ascensão do presidente Jair Bolsonaro e de sua agenda de extrema-direita, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre o risco de uma teocracia influenciando os rumos da democracia brasileira.
Com produção executiva da Plan B Entertainment (empresa do ator Brad Pitt) e da Netflix, Petra teve a seu dispor recursos inéditos para um documentário nacional. Ao longo de quase uma década de pesquisa e filmagens, a diretora obteve acesso direto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao pastor Silas Malafaia, figura de destaque no bolsonarismo evangélico. Seu trabalho vai além do registro de acontecimentos políticos: questiona “a sedução do poder, da profecia e da crença” e conecta experiências pessoais, registros históricos e símbolos religiosos em uma narrativa que, na visão da diretora, reflete um momento de colapso institucional no país.
O filme entrelaça passado e presente para traçar paralelos históricos – mostra, por exemplo, como a teologia da prosperidade e a expansão neopentecostal ganharam força desde a redemocratização, influenciando parlamentares e formando uma bancada evangélica robusta. Imagens de arquivo dos cultos gigantes em estádios, trechos de sermões inflamados sobre o “fim dos tempos” e cenas da campanha eleitoral de Bolsonaro embasam a narrativa. Momentos-chave do governo também são esmiuçados sob essa ótica: a gestão da pandemia de Covid-19 (quando Bolsonaro minimizou vacinas e alinhou-se a pastores que chamavam o vírus de “castigo divino”), e os protestos de 7 de setembro com forte participação religiosa. O clímax do documentário é a cobertura das chocantes cenas de 8 de Janeiro de 2023 – quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília – dando glórias a Deus.
Exibido fora de competição no Festival de Veneza, arrancou aplausos e atraiu atenção internacional para o cenário político brasileiro. Desde então, percorreu um circuito de grandes festivais: foi exibido no Telluride Film Festival nos EUA, integrou a seção Spotlight do Festival de Nova York, passou pelo Festival de San Sebastián, na Espanha, e venceu o Prêmio Coral de Melhor Documentário no Festival de Havana, em Cuba, antes de ganhar lançamento em circuito limitado nos cinemas do Brasil e nos EUA. A estratégia fisgou a imprensa americana e o colocou na disputa por uma vaga no Oscar 2026. A Variety destacou que Petra “faz do Brasil uma parábola para os EUA” e elogiou a coragem da diretora ao expor forças que muitos preferem ignorar, enquanto The Hollywood Reporter revelou que a Netflix planeja campanha de premiação para o filme, tamanha a confiança em sua qualidade e relevância.
TERÇA
🎞️ O CRÍTICO | Prime Video
▶ Assista ao trailerIan McKellen (“O Senhor dos Anéis”) vive um temido crítico teatral de língua ferina no suspense ambientado na Londres dos anos 1930. Em meio ao conservadorismo crescente e ao avanço dos movimentos fascistas, o crítico Jimmy Erskine, de reputação implacável, passa a enfrentar ameaças diretas à sua posição no jornal com a chegada do novo proprietário, David Brooke, vivido por Mark Strong (“Shazam!”), que quer transformar o periódico em uma publicação familiar e vê no estilo debochado do crítico um obstáculo à renovação. Para evitar o ostracismo, Jimmy propõe um pacto à jovem atriz Nina Land (Gemma Arterton, de “Gemma Bovary”), que sonha conquistar as páginas da crítica com louvores.
A relação entre os três se enreda em manipulações mútuas. Brooke, apesar de casado, nutre sentimentos por Nina, enquanto ela está envolvida com um pintor igualmente comprometido. O crítico, ciente das fragilidades alheias, explora essas contradições como forma de preservar seu espaço, mesmo diante de um cenário social que marginaliza sua identidade como homem gay.
O roteiro de Patrick Marber (“Notas Sobre um Escândalo”) costura um thriller sombrio com tintas de ironia e perversidade emocional. Sob a direção de Anand Tucker (“Casa Comigo?”), o filme é sustentado por um elenco britânico de peso, que ainda inclui Alfred Enoch (“Medida Provisória”), Romola Garai (“Becoming Elizabeth”), Ben Barnes (“Sombra e Ossos”) e Lesley Manville (“The Crown”).
QUARTA
📺 O VERÃO QUE MUDOU MINHA VIDA | Prime Video
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A 3ª temporada, que também é o último verão de Belly Conklin (Lola Tung), chega marcada por decisões intensas e sentimentos em ebulição. Após dois anos de amadurecimento e descobertas, o relacionamento com Jeremiah Fisher (Gavin Casalegno) atingiu o ápice, levando o casal a planejar o casamento mesmo diante da resistência materna. O cotidiano universitário, entre momentos românticos e cumplicidade, fortalece a conexão dos dois, mas antigos vínculos ameaçam ressurgir.
A volta inesperada de Conrad Fisher (Christopher Briney) reabre feridas do passado, reacendendo a tensão do triângulo amoroso que impulsiona a trama desde o início da história baseada nos livros de Jenny Han (“Para Todos os Garotos que Já Amei”). O reencontro entre Belly e Conrad, próximo do casamento, expõe sentimentos não resolvidos e dúvidas sobre o futuro do trio, agora sob a pressão dos últimos capítulos.
O roteiro costura lembranças e despedidas em meio à atmosfera nostálgica de Cousins Beach. Os capítulos refletem a indecisão da protagonista, que precisa definir se dará um passo definitivo ao lado de Jeremiah ou revisitará a paixão por Conrad no desfecho da trilogia romântica, adaptada pela própria autora.
📺 BULLET/BULLET | Disney+
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O novo anime do diretor de “Jujutsu Kaisen” mistura ação, humor e distopia futurista. “Bullet/Bullet” é fruto de uma década de desenvolvimento de Park Sunghoo com personagens excêntricos, universos degradados e conflitos morais. A trama acompanha Gear, um catador de sucata que divide a rotina entre pequenos furtos e missões de alto risco, sempre ao lado do robô Qu-0213, dono de múltiplas personalidades, e de Shirokuma, um urso polar viciado em apostas. A dinâmica do trio sofre uma reviravolta ao resgatar uma garota misteriosa, colocando todos em confronto com a elite dominante de um mundo pós-apocalíptico.
O elenco reúne nomes conhecidos da animação japonesa: Marina Inoue (“Attack on Titan”) na voz de Gear, Kazuhiro Yamaji (“One-Punch Man”) como Shirokuma, além de Rie Kugimiya (“Fullmetal Alchemist”) e Kana Hanazawa (“Psycho-Pass”). O roteiro de Aki Kindaichi (“Uma Musume: Cinderella Grey”) se apoia ainda em trilha sonora contemporânea, que conta com a inclusão de “Work Hard”, de Chanmina, e “Glass Door”, da banda Newspeak.
Com lançamento em 16 episódios, divididos em duas partes, “Bullet/Bullet” integra o movimento de expansão da Disney+ no universo dos animes, ao lado de títulos como “Tokyo Revengers” e “Gannibal”.
📺 VIDA IMORAL | Disney+
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A série recria o submundo do crime da Coreia do Sul nos anos 1970, mas em vez de tiroteios de cidade grande apresenta confrontos em alto mar. O enredo gira em torno de boatos sobre o naufrágio de um barco chinês com grande fortuna. O veterano golpista Oh Gwan-seok (Ryu Seung-ryong, de “Em Movimento”) convence seu sobrinho inexperiente Hee-dong (Yang Se-jong, “Doona!”) a se unir numa caçada ao tesouro que rapidamente foge ao controle, atraindo diversos criminosos.
A narrativa, escrita e dirigida por Kang Yoon-sung (“A Próxima Aposta”) mistura suspense, humor e tensão emocional típica das dinâmicas de parcerias improváveis. A ambientação sombria em locações costeiras e o figurino típico dos anos 1970 diferenciam o drama criminal, que também inclui cenas de perseguição submarina e conflitos entre facções no mar.
🎞️ SETEMBRO 5 | Paramount+
▶ Assista ao trailerO drama recria um dos eventos mais chocantes e trágicos da história olímpica: a crise dos reféns nas Olimpíadas de Munique de 1972. Embora a história do ataque à delegação olímpica de Israel por terroristas pró-Palestina tenha sido retratada em vários documentários e filmes, este novo docudrama é o primeiro a apresentar o massacre de Munique por uma perspectiva jornalística, acompanhando a ação sob o ponto de vista da equipe de TV da ABC Sports, que cobria os jogos durante o ataque. A trama examina as implicações éticas e morais de transmitir terroristas com reféns ao vivo, explorando o delicado equilíbrio entre relatar as notícias e se tornar parte delas. A história impactante foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.
O elenco destaca Peter Sarsgaard (“Acima de Qualquer Suspeita”), John Magaro (“Os Muitos Santos de Newark”) e Ben Chaplin (“The Nevers”) como três produtores de notícias da ABC Sports, que trabalharam nos bastidores da cobertura. Enquanto a rede ABC preferia que o departamento de notícias lidasse com as reportagens, o trio lutou para continuar com sua cobertura enquanto a crise se desenrolava em tempo real, a apenas um prédio de distância de sua localização. Mal sabiam eles que o mundo inteiro estaria assistindo, incluindo os terroristas.
Dirigido e coescrito pelo cineasta suíço Tim Fehlbaum, conhecido pelas sci-fis pós-apocalípicas “Um Inferno” (2011) e “O Refúgio” (2021), “5 de Setembro” também apresenta imagens de arquivo da transmissão real da ABC, incluindo cenas com o âncora Jim McKay.
🎞️ LOBISOMEM | Prime Video
▶ Assista ao trailerA nova abordagem do monstro clássico da Universal tem direção de Leigh Whannell, que já fez sucesso com uma releitura de “O Homem Invisível” para os dias atuais. Desta vez, o resultado foi bem diferente, considerado apenas mediano e sem retorno de bilheteria. Filmado na Nova Zelândia, o longa segue uma família que é aterrorizada por um predador mortal e vê o próprio pai transformado em monstro.
O visual da criatura é completamente distinto da versão clássica. Bastante humanizado, em nada lembra o aspecto monstruoso do filme de 1941 e as inúmeras variações que inspirou. A história também difere de “O Lobisomem”, estrelado por Lon Chaney Jr., e seu remake de 2010, com Benicio del Toro. Ambos acompanhavam um homem cético que, ao voltar à sua terra natal, era mordido por uma criatura lendária e começava a se transformar. Agora, uma família é atacada pela criatura e o pai infectado pela maldição da licantropia. Trancados numa casa para sobreviver ao monstro do lado de fora, eles também precisam lidar com a transformação entre as quatro paredes.
O estúdio negociou por meses com Ryan Gosling (“Barbie”), mas quem acaba virando o monstro nesta nova versão é Christopher Abbott (“Pobres Criaturas”). O elenco também inclui Julia Garner (“Ozark”), Sam Jaeger (“The Handmaid’s Tale”) e a menina Matilda Firth (“Subservience”).
O roteiro é do próprio Whannell em parceria com a atriz Corbett Tuck (da franquia “Sobrenatural”, criada pelo diretor) e a dupla Lauren Schuker Blum e Rebecca Angelo (ambas roteiristas da série “Orange Is the New Black”). Lauren é casada com o produtor Jason Blum, dono do estúdio Blumhouse, que assina a produção de “O Lobisomem” e que também produziu o novo “O Homem Invisível” para a Universal.
QUINTA
📺 STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS | Paramount+
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“Strange New Worlds” é um prelúdio da “Star Trek” original – ou “Jornada nas Estrelas” no Brasil. Apesar de ser uma produção recente, sua concepção tem mais de 60 anos e precede o próprio lançamento da atração clássica. A origem da produção remonta ao piloto rejeitado de 1964, que trouxe Spock, Capitão Pike e Número 1, introduzidos naquela primeira versão, que acabou rejeitada. Apenas Spock permaneceu no segundo piloto, que foi aprovado em 1966 com o Capitão Kirk no comando da Enterprise. Apesar do descarte, os espectadores puderam ver uma prévia da tripulação original num episódio de flashback de duas partes que marcou época em 1966, com cenas recicladas do piloto rejeitado. A aparição gerou grande fascinação e muita especulação dos fãs sobre as aventuras perdidas da Enterprise. Até que, em 2019, os produtores de “Star Trek: Discovery” resolveram resgatar aqueles personagens numa participação especial, levando os trekkers à loucura. Em pouco tempo, uma campanha tomou as redes sociais pedindo uma nova série focada em Pike, Spock e na Número 1, o que acabou se materializando pelas mãos dos roteiristas Akiva Goldsman (criador de “Titãs”), Alex Kurtzman (roteirista do reboot de “Star Trek”, de 2009) e Jenny Lumet (criadora de “Clarice”).
Os intérpretes principais são Anson Mount (“Inumanos”) como Pike, Ethan Peck (“O Céu da Meia-Noite”) como Spock e Rebecca Romijn (“X-Men”) como Una (Número 1). Mas a série também introduz versões mais jovens de Uhura (personagem clássica de Nichelle Nichols na “Jornada nas Estrelas” de 1966), da enfermeira Christine Chapel (originalmente vivida por Majel Barrett Roddenberry, esposa do criador de “Star Trek”, a partir de 1966) e do próprio Capitão Kirk (eternizado por William Shatner) em participação recorrente, interpretados respectivamente por Celia Rose Gooding (da montagem da Broadway “Jagged Little Pill”), Jess Bush (“Playing for Keeps”) e Paul Wesley (“The Vampire Diaries”).
Ainda há Babs Olusanmokun (“Black Mirror”) no papel do Dr. M’Benga, oficial médico que apareceu em dois episódios de “Jornada nas Estrelas” na década de 1960, e uma novidade curiosa: Christina Chong (“Tom & Jerry – O Filme”) como La’an Noonien-Singh, uma descendente do famoso vilão Khan. Para completar, a 2ª temporada introduziu outro personagem clássico: o engenheiro Montgomery Scott, o “Scotty”, interpretado por Martin Quinn (“The Lovers”), que é o primeiro ator de origem escocesa a viver o personagem, anteriormente assumido por James Doohan na série original e por Simon Pegg nos filmes mais recentes.
A 3ª temporada acompanha esta tripulação enfrentando as consequências do encontro com os Gorn, que encerrou o segundo ano e acrescentou Scotty à trama. Os novos capítulos também retomam o relacionamento entre Spock (Ethan Peck) e a enfermeira Christine Chapel (Jess Bush), apesar do término na última temporada, quando Chapel partiu para um programa de arqueologia médica. Outra novidade fica por conta da introdução do Holodeck, tecnologia futurista que só apareceria oficialmente décadas depois na cronologia da franquia. O espaço virtual é retratado com o visual clássico visto em “A Nova Geração” na década de 1980. Já os temas da temporada reforçam o clima de homenagem à série clássica dos anos 1960, misturando uma variedade de gêneros como ação, mistério e comédia em episódios autocontidos, que apresentam histórias semanais completas – do mesmo jeito que a versão clássica de “Jornada nas Estrelas”.
📺 INDOMÁVEL | Netflix
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A minissérie de suspense transforma o Parque Nacional de Yosemite, nos EUA, em palco de um mistério sombrio. A narrativa acompanha o agente Kyle Turner (Eric Bana, de “Falcão Negro em Perigo”), um ranger marcado por traumas pessoais, que desconfia das circunstâncias da morte de uma mulher após uma queda de penhasco. A suspeita de que o caso não foi acidental lança Turner em uma investigação repleta de perigos e segredos ocultos no parque.
De que essa mulher misteriosa estava fugindo? Essa é a pergunta no centro da trama criada por Mark L. Smith, roteirista premiado de “O Regresso” (2015) e Elle Smith (“A Filha do Rei do Pântano”). Em certo sentido, a investigação é o desafio ideal para Turner, ranger atormentado por um caso deixado sem solução, que se sente muito mais à vontade na mata do que em contato com outras pessoas ou com o mundo moderno. A situação, porém, é exatamente oposta para sua parceira, Naya Vasquez (Lily Santiago, de “La Brea”, uma guarda florestal novata, mais acostumada à vida na cidade do que à natureza selvagem de Yosemite.
A investigação revela que a paisagem de cartão postal tem seu próprio lado sombrio, desde um vilarejo improvisado de barracas até um oficial de manejo da vida selvagem desonesto (interpretado por Wilson Bethel, de “Demolidor: Renascido”) com quem ele tem um histórico. Além de estrelar, Bana também é produtor executivo do drama de seis episódios, junto com os dois roteiristas e o cineasta John Wells (“Shameless”). O elenco também inclui Sam Neill (“Jurassic Park”) como um ranger veterano e Rosemarie DeWitt (“Pequenos Incêndios por Toda Parte”).
“Indomável” é a segunda série de Mark L. Smith na Netflix. A primeira, lançada em janeiro, foi batizada de… “Terra Indomável”. Coincidência ou tradução preguiçosa?
🎞️ OPERAÇÃO VINGANÇA | Disney+
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O thriller de ação traz o ator Rami Malek indo de “Mr. Robot” a “007: Sem Tempo para Morrer” em ritmo acelerado, como um nerd a serviço da CIA que embarca numa missão de vingança. Charles Heller é um criptógrafo brilhante, mas profundamente introvertido, que fica furioso depois que sua esposa (Rachel Brosnahan, a “Maravilhosa Sra. Maisel”) é morta num ataque terrorista e seus chefes se recusam a agir contra os culpados por prioridades conflitantes.
Disposto a resolver o problema com as próprias mãos, ele pressiona a agência para treiná-lo, mas o treinador da CIA (Laurence Fishburne, de “John Wick 4: Baba Yaga”) avalia que ele não tem capacidade e sangue frio para matar ninguém. Revoltado, Heller resolve agir usando o que já tem: conhecimentos técnicos. E logo se torna um assassino que nem a CIA é capaz de deter.
Dirigido por James Hawes (da série “Slow Horses”), o filme também traz em seu elenco Jon Bernthal (“O Justiceiro”), Michael Stuhlbarg (“Dopesick”), Caitríona Balfe (“Outlander”), Holt McCallany (“Mindhunter”), Julianne Nicholson (“O Homem dos Sonhos”) e Adrian Martinez (“Stumptown”).
SEXTA
🎞️ FAMÍLIA, PERO NO MUCHO | Netflix
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A rivalidade entre Brasil e Argentina serve de pano de fundo para a nova comédia estrelada por Leandro Hassum na Netflix. Na trama, o humorista vive um pai ciumento diante do noivado da filha com um jovem argentino. Mesmo contrariado com a novidade, ele embarca com a família para conhecer a família do noivo em Bariloche, onde a diferença de culturas rapidamente se transforma em conflito aberto com o pai do futuro genro, rendendo provocações e mal-entendidos típicos das duas nações vizinhas.
O filme retoma o clássico embate entre sogros e famílias em choque, tema recorrente de produções como “Adivinhe Quem Vem para Jantar” (1967), “Entrando Numa Fria” (2000) e “Certas Pessoas” (2023), esta última também da Netflix com Eddie Murphy, todas centradas nas diferenças culturais, rivalidades e confrontos de gerações. A direção é de Felipe Joffily (“Cilada”), enquanto o roteiro leva a assinatura de Leandro Soares (“Vai que Cola”) em parceria com Lucas Blanco.
🎞️ MEUS 84 M² | Netflix
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O suspense sul-coreano apresenta um homem que investe todas as economias em um apartamento de 84 m² em Seul, mas, ao mudar-se, enfrenta ruídos perturbadores todas as noites. Ele desconfia de todos os vizinhos que, em troca, desconfiam dele como autor dos barulhos misteriosos, criando um clima de paranoia reminiscente do clássico “O Inquilino” (1976), de Roman Polanski. Logo, a convivência com vizinhos hostis transforma seu sonho de segurança habitacional num pesadelo psicológico
O elenco é encabeçado por Kang Ha-neul (o jogador covarde de “Round 6”), no papel do protagonista que, após guardar dinheiro a vida toda, passa a desconfiar de seu próprio lar. Ao seu lado estão outros atores conhecidos de séries, como Yeom Hye-ran (“Caçadores de Demônios”) e Seo Hyun-woo (“Uma Loja para Assassinos”).
Dirigido por Kim Tae-joon (“Na Palma da Mão”), o filme reflete o boom de prédios padronizados do mercado imobiliário da Coreia do Sul, misturando drama psicológico e crítica social ao estilo de obras de sucesso do cinema contemporâneo coreano.
🎞️ MISSÃO DE SOBREVIVÊNCIA | HBO Max
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O novo thriller de ação de Gerard Butler traz o ator como um agente do MI6 emprestado para a CIA, que se disfarça de técnico de telecomunicações para identificar e destruir instalações subterrâneas de armas nucleares no Irã. Com o casamento em frangalhos, ele reluta em aceitar mais uma missão: atravessar a fronteira para o Afeganistão e viajar por um território hostil ocupado pelo Talibã para destruir uma usina nuclear. No entanto, as coisas rapidamente saem do controle quando ele entra no país e descobre que não tem tanto apoio quanto pensava. Com o reforço apenas de Mo, um intérprete e seu guia na região, ele corre inúmeros perigos para escapar dos Talibãs.
Terceiro filme de Butler dirigido por Ric Roman Waugh (após “Invasão ao Serviço Secreto” e “Destruição Final: O Último Refúgio”), o longa tem roteiro de Mitchell LaFortune, um ex-agente de operações especiais. A trama chega a lembrar “O Pacto”, recente lançamento de Guy Ritchie, além dos thrillers geopolíticos inspirados por Tom Clancy que marcaram o cinema dos anos 1990.
🎞️ MADAME DUROCHER | HBO Max
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O filme dirigido pelos brasileiros Dida Andrade e Andradina Azevedo (ambos de “Eike, Tudo ou Nada”) retrata a vida da francesa Marie Josephine Mathilde Durocher, a primeira mulher a obter o título de parteira no Brasil e a ser reconhecida como membro da Academia Nacional de Medicina. A trama mostra desde a chegada de Marie ao Brasil em 1816, aos 7 anos, junto com sua mãe, até se tornar a primeira e única mulher no curso de partos da recém-criada Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Sua trajetória desafiou as normas sociais da época, atendendo desde indigentes e prostitutas até a família real portuguesa.
O elenco conta com Sandra Corveloni (“Vale Night”) no papel de Marie Durocher na fase adulta, enquanto Jeanne Boudier (“Deslembro”) interpreta a personagem na juventude e a canadense Marie-Josée Croze (“Noite Adentro”) vive Anne, mãe de Marie. Outros nomes incluem Isabel Fillardis, Armando Babaioff, Fernando Alves Pinto e Mateus Solano.
🎞️ MOON | Mubi
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O drama austríaco narra a jornada de Sarah (Florentina Holzinger, modelo e artista performática), ex-lutadora de MMA que aceita trabalhar como treinadora de três adolescentes de uma família rica na Jordânia. A trama se desdobra em uma grande casa isolada, onde as jovens vivem em estrutura rígida, vigiadas, sem internet e protegidas por um guarda desconfiado. O ambiente isolado fortalece a atmosfera claustrofóbica e opressiva. Mas, aos poucos, as meninas se abrem, permitindo que ela veja alguns dos detalhes mais perturbadores de sua existência em gaiolas douradas. Curiosa, Sarah acredita em sua capacidade de fazer a diferença, mesmo quando uma experiência amarga deveria tê-la levado a refletir melhor.
A cineasta Kurdwin Ayub venceu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno com sua abordagem minimalista, que explora o contraste entre o luxo controlado da casa e os questionamentos silenciosos da protagonista. Com 92 minutos, “Moon” é um thriller lento, que equilibra suspense com crítica social sem resolução fácil, deixando o espectador desconfortável.
SÁBADO
📺 KAIJU NO. 8 | Crunchyroll
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A produção da Toho, em parceria com o estúdio Production I.G, é um verdadeiro fenômeno no Japão, repetindo o êxito do mangá de Naoya Matsumoto que já ultrapassou 13 milhões de cópias vendidas. Misturando ação, comédia e aventura, o anime é ambientado em um Japão constantemente ameaçado por monstros gigantes, os kaijus. Para lidar com essas ameaças recorrentes, o governo mantém uma força especial encarregada de combatê-los. O protagonista é Kafka Hibino, que sonha desde a juventude em integrar o grupo de defesa, movido por uma promessa feita à amiga de infância Mina Ashiro. Mas enquanto ela seguiu carreira militar e se tornou líder da unidade, ele acabou trabalhando como um simples lixeiro, limpando as ruas dos pedaços dos monstros abatidos.
O rumo da história muda quando Kafka sofre um ataque de monstros e, surpreendentemente, engole um pequeno kaiju alado. Este evento o transforma em um híbrido humano-kaiju, dotado de uma força extraordinária. O novo poder lhe dá finalmente a oportunidade para realizar seu sonho de se tornar um membro da tropa de elite, mas para manifestar toda sua força ele precisa virar um kaiju humanoide, atraindo suspeitas do governo, que sem saber de sua origem o classifica como “Kaiju Nº 8”, título reservado para ameaças não neutralizadas. A 1ª temporada se encerra com Kafka revelando sua identidade e sendo aceito como arma secreta da humanidade.
Na 2ª temporada, Kafka passa a integrar a equipe de elite responsável pelo combate às ameaças monstruosas, agora oficialmente reconhecido como Kaiju Nº 8 e integrado à Primeira Divisão da Força de Defesa Anti-Kaiju.
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A aventura dramática conta a história real de Donn Fendler, garoto de 12 anos que sobreviveu sozinho por nove dias nas florestas do Monte Katahdin, em 1939, depois de se perder durante uma expedição com o pai. O protagonista é vivido por Luke David Blumm (“Bem-Vindos à Vizinhança”), que transmite o desespero e a determinação do jovem Donn em meio a tempestades, fome e animais selvagens. O filme reconstitui sua jornada em condições extremas, guiada por instinto de sobrevivência, técnicas de escoteiro e força de vontade.
A direção de Andrew Boodhoo Kightlinger (“Tater Tot & Patton”) aposta no realismo das paisagens, com filmagens nas montanhas reais da história – que atravessa gerações no imaginário americano e é leitura obrigatória nas escolas americanas do Maine, onde tudo se passa.
* Os lançamentos em VoD (Video on Demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.