Netflix cancela “Assassinato na Casa Branca” e “Pulso” após uma temporada

Dois cancelamentos no mesmo dia

A Netflix anunciou o cancelamento de duas séries que estrearam na primavera (nosso outono) no Hemisfério Norte: “Casa Branca">Assassinato na Casa Branca” (The Residence) e “Pulso” (Pulso). Ambas encerram sua trajetória após apenas uma temporada, apesar de figurarem por quatro semanas consecutivas no Top 10 global da plataforma.

A decisão segue o modelo tradicional da empresa, que realiza análises de custo-benefício com base em engajamento e audiência internacional. “Assassinato na Casa Branca” teve desempenho ligeiramente superior, com 177,4 milhões de horas assistidas no ranking global da Netflix — o que equivale a cerca de 22,9 milhões de visualizações completas da temporada. Nos Estados Unidos, a série foi monitorada por seis semanas no ranking Nielsen, somando 98,6 milhões de horas assistidas.

“Assassinato na Casa Branca” viraria antologia

Criada por Paul William Davies, da franquia “Scandal”, a comédia policial ambientada na Casa Branca apresentava Uzo Aduba (“Orange Is the New Black”) como a detetive Cordelia Cupp. A trama girava em torno de um assassinato nos bastidores de um jantar oficial. Com produção da Shondaland, empresa de Shonda Rhimes (“Bridgerton”), o projeto tinha planos de se transformar em antologia, com a personagem resolvendo novos casos a cada temporada.

O elenco de peso incluía Giancarlo Esposito (“The Boys”), Randall Park (“WandaVision”), Susan Kelechi Watson (“This Is Us”), Isiah Whitlock Jr. (“Destacamento Blood”), Mary Wiseman (“Star Trek: Discovery”), Ken Marino (“Party Down”), Jane Curtin (“Poderia Me Perdoar?”), Jason Lee (“Alvin e os Esquilos”) e Bronson Pinchot (“Um Tira da Pesada 4: Alex Foley”), além da cantora Kylie Minogue numa participação especial como ela mesma.

“Pulse” não reagiu diante da concorrência

Já “Pulso”, primeiro drama médico original da Netflix, teve 162,1 milhões de horas assistidas em quatro semanas, resultando em 20,2 milhões de visualizações completas. No entanto, a atração teve presença mais discreta nos EUA, onde permaneceu apenas duas semanas no ranking da Nielsen.

A trama girava em torno da Dra. Danny Simms, interpretada por Willa Fitzgerald (“Pânico: A Série”), uma residente do terceiro ano que assumia a chefia do setor após a suspensão de seu envolvimento romântico, o Dr. Xander Phillips, papel de Colin Woodell (“Como Vender a Lua”). O colapso emocional e estrutural do hospital servia de pano de fundo para os conflitos interpessoais e dilemas médicos que se desenrolam ao longo da temporada.

Criada por Zoe Robyn (“Hawaii Five-0”) com Carlton Cuse (“Lost”, “Bates Motel”) como co-showrunner e produtor executivo, a produção seguia a fórmula clássica dos dramas médicos, especialmente “Grey’s Anatomy”, apostando na combinação de romance, adrenalina e dilemas éticos para construir sua narrativa.

O elenco reuniu nomes como Jack Bannon (“Pennyworth”), Jessie T. Usher (“The Boys”), Chelsea Muirhead (“Warrior”), Daniela Nieves (“Vampire Academy”), Jessy Yates (“Law & Order: SVU”), Justina Machado (“One Day at a Time”), Néstor Carbonell (“Bates Motel”) e Jessica Rothe (“A Morte te Dá Parabéns”).

Mais uma produção em pausa indefinida

Além dos cancelamentos, a Netflix também colocou em hiato indefinido a série “No Good Deed”, lançada em dezembro de 2024. Criada por Liz Feldman (“Disque Amiga Para Matar”), a atração ainda pode voltar como antologia, mas não há movimentações confirmadas para uma 2ª temporada.