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Gilberto Gil fala sobre doença de Preta Gil: “Sofrimento muito grande dela”
Músico destacou a força e o sofrimento da filha durante tratamento contra o câncer, em depoimento após missa de sétimo dia no Rio
Gilberto Gil participa de missa em homenagem à filha
Gilberto Gil falou com a imprensa, na noite desta segunda-feira (28/7), após a missa de sétimo dia em memória de Preta Gil, realizada na Paróquia Santa Mônica, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. A cerimônia reuniu familiares, amigos e fãs da cantora, morta em 20 de julho aos 50 anos, vítima de complicações causadas por um câncer no intestino.
O que disse Gilberto Gil sobre a filha?
Ao lado da esposa, Flora Gil, e do neto Francisco, único filho de Preta, o artista comentou o processo de despedida da filha. “Todos sabem no país inteiro que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos, e para ela especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento da cantora contra o câncer]”, afirmou.
Gilberto Gil destacou o sofrimento vivido por Preta durante a doença e o impacto na família: “O que fica mais acentuado no pesar da perda é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela. É a coisa da qual, digamos assim, a gente mais se ressente, né? Fica do sentimento um ressentimento, não é? Pela, pelo fato de que ela tenha tido um período muito grande [de sofrimento]. O que também por outro lado ajudou na luta dela para essa adaptação, para esse acompanhamento que ela fez.”
Qual é o legado de Preta Gil para a família e o público?
Durante o depoimento, o músico ressaltou a permanência da memória da filha: “A lembrança dela vai ficar permanentemente conosco, com todos nós.”
Gil enfatizou ainda a importância do afeto no momento atual: “Eu acho que a vida, especialmente num período da história da humanidade em que vivemos tantas tribulações, enfim, por causa das dificuldades do fluxo do afeto, o afeto tem sido muito represado, enfim, muito muito colocado em pequenas caixinhas para manipulação de uns e de tantos… Nesse sentido, é o fato da dada lembrança dela, da memória dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelas quais o mundo passa ultimamente. A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos.”