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Divulgação/MGM

Música|17 de julho de 2025

Morre Connie Francis, cantora de “Stupid Cupid” e “Pretty Little Baby”, aos 87 anos

Artista pop mais bem-sucedida dos anos 1950 e 1960 faleceu após antigo hit viralizar no TikTok e estourar no Spotify


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1 Morte após internação
2 Fez história na música pop
3 Início da trajetória
4 Sucesso internacional
5 Carreira no cinema
6 Vida pessoal marcada por tragédias
7 Aposentadoria e legado

Morte após internação

Connie Francis, cantora de sucessos dos anos 1950 e 1960 como “Stupid Cupid”, “Where the Boys Are” e o viral recente no TikTok “Pretty Little Baby”, morreu aos 87 anos. A notícia foi anunciada na noite de quarta-feira (16/7) pelo amigo e presidente de seu selo, Ron Roberts, em publicação no Facebook, replicada pela conta oficial da artista. Roberts declarou: “É com o coração pesado e muita tristeza que informo o falecimento da minha querida amiga Connie Francis na noite passada. Sei que Connie aprovaria que seus fãs fossem os primeiros a saber dessa triste notícia. Mais detalhes serão divulgados posteriormente.”

Em 2 de julho, Francis publicou nas redes sociais que estava dando entrada num hospital: “Estou de volta ao hospital, onde venho passando por exames para determinar a causa(s) da dor extrema que venho sentindo.”

Fez história na música pop

A cantora é reconhecida como uma das artistas femininas mais bem-sucedidas comercialmente em todos os tempos, vendendo 42 milhões de discos até os 26 anos e mais de 200 milhões em sua carreira. Seu sucesso definiu padrões para cantoras posteriores como Madonna e Lady Gaga. Neste ano, ainda experimentou uma inesperada retomada de popularidade após sua canção de 1962 “Pretty Little Baby” se tornar um dos maiores sucessos do TikTok, usada em mais de 2 milhões de vídeos e acumulando quase 85 milhões de streams no Spotify até julho.

Início da trajetória

Natural de Newark, Nova Jersey, Concetta Rosa Maria Franconero nasceu em 12 de dezembro de 1937 e iniciou sua carreira em concursos de talentos. Aconselhada a simplificar seu sobrenome para Connie Francis, acabou se destacando nos shows locais e assinou com a MGM Records em 1955. Apesar de um início difícil com oito singles sem sucesso, sua carreira decolou em 1957 com o dueto “The Majesty of Love”. Após o fim de seu contrato com a MGM, gravou um cover da canção de 1923 “Who’s Sorry Now”, que, impulsionado por aparições em programas como “American Bandstand” e “The Dick Clark Show”, alcançou o 4º lugar nos EUA.

A partir de então, emplacou uma série de sucessos com composições de Neil Sedaka e Howard Greenfield, incluindo “Stupid Cupid” de 1958, um rock ingênuo que ficou conhecido no Brasil pela versão de Celly Campello, “Estúpido Cupido”, lançada em 1959. Ela fez outras gravações nesta linha, sendo escalar para cantar nos filmes “Ritmo Alucinante” (1956), dublando Tuesday Weld, e “Jamboree” (1957) com Jerry Lee Lewis, mas em 1959 mudou tudo, lançando “Connie Francis Sings Italian Favorites” para focar o público adulto.

Sucesso internacional

Francis foi pioneira em gravar álbuns inteiros em outras línguas, incluindo italiano, iídiche, alemão, romeno, espanhol e irlandês. Seu sucesso na Alemanha Ocidental foi marcado pela canção em alemão “Die Liebe ist ein seltsames Spiel”, que atingiu o primeiro lugar, tornando-a popular até mesmo na União Soviética e Iugoslávia durante a Guerra Fria.

Em 1960, tornou-se a primeira mulher a alcançar o primeiro lugar da parada Billboard Hot 100 com “Everybody’s Somebody’s Fool” e, posteriormente, a primeira a ter três músicas no topo da lista.

Carreira no cinema

Impulsionada pela fama, foi convidada pelo produtor Joe Pasternak a estrelar como atriz e cantar a música-tema “Where the Boys Are” no filme “Bastam Dois para Amar” (1960). O longa, também protagonizado por Paula Prentiss, Dolores Hart e Yvette Mimieux, foi um sucesso comercial, e sua canção chegou ao quarto lugar da Billboard em 1961. Ela gravou versões da música em cinco idiomas, que se tornaram número 1 em 19 países.

Por conta disso, Francis foi convidada a estrelar mais três musicais da MGM: “Nas Águas da Marujada” (1963), “Em Busca do Amor” (1964) e “Quando Eles e Elas Se Encontram…” (1965), este último repleto de bandas de rock. Apesar disso, declarou em 2017 que nunca desejou ser atriz, e em 1984 recusou convite para participar do remake de “Bastam Dois para Amar”.

Vida pessoal marcada por tragédias

Em meio ao sucesso, a vida de Francis foi marcada por perdas e sofrimentos. Seu amor verdadeiro, o cantor Bobby Darin, foi afastado por seu pai, que impediu o casal de namorar. Depois disso, ela teve quatro casamentos fracassados, dois abortos espontâneos, e um filho que viveu apenas 10 dias. Em 1974, foi vítima de estupro forçado à faca em um motel em Long Island. O irmão foi assassinado em um crime possivelmente ligado à máfia, e ela enfrentou problemas graves de saúde mental, incluindo diagnósticos de transtorno bipolar e múltiplas internações involuntárias até os anos 1990.

Junto com as tragédias, sua presença nas paradas foi diminuindo. Seu estilo musical sofreu impacto com a ascensão dos Beatles e Rolling Stones, até seu contrato com a MGM não ser renovado em 1969. Após um hiato provocado por um aborto, retomou as turnês em 1974, quando sofreu o estupro. Em 1976, a justiça condenou a rede Howard Johnson a pagar US$ 2,6 milhões a Francis por falhas na segurança do motel.

Uma cirurgia para ampliar suas vias nasais em 1977 a deixou sem voz por quatro anos. Foram necessárias três operações para restaurar sua capacidade vocal. “Quando perdi a voz, perdi a mim mesma. Minha voz era quem eu era. Cantar era tudo o que eu nasci para fazer”, disse.

Em 1981, mesmo ano em que recuperou a voz, seu irmão foi morto pela máfia, levando-a a se afastar novamente e entrar num período de internações psiquiátricas.

Aposentadoria e legado

Em 2018, publicou a autobiografia “Among My Souvenirs” e anunciou sua aposentadoria.

Em entrevista dos anos 1990, declarou como gostaria de ser lembrada: “Houve muitos que alcançaram meu sucesso, com altos e baixos. Mas o que mais me orgulho é ter lutado para sair dos baixos. Foi difícil conciliar todas as tragédias da minha vida, e gostaria de ser lembrada pela minha música. Sempre me sinto honrada quando as pessoas se lembram, pois isso traz boas lembranças para muita gente.”

Ela morreu extremamente lembrada. Em 2025, voltou às paradas com a viralização de “Pretty Little Baby” no TikTok, gerando milhões de streams e entrada nas paradas globais da Spotify e iTunes.

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