Carolina Ferraz relata perseguição de cinco anos por mulher russa: “Ou eu seria dela ou de mais ninguém”

Perseguição obsessiva contra Carolina Ferraz durou cinco anos

A apresentadora Carolina Ferraz revelou no “Domingo Espetacular”, da Record, ter enfrentado uma perseguição obsessiva por cinco anos. Durante o programa, que abordou o aumento dos casos de stalking – termo usado para descrever perseguição insistente e invasiva –, Carolina detalhou sua experiência pessoal ao lado do jornalista Roberto Cabrini, com quem divide a apresentação da atração.

O relato veio à tona após Roberto Cabrini introduzir o tema no programa: “Essa questão está muito mais próxima do que a gente imagina. Todos sabem que eu trabalho com uma grande estrela da televisão brasileira. E ela própria foi vítima desse crime”, afirmou o jornalista, direcionando o assunto para a colega.

Como começou a perseguição?

Carolina explicou que o caso começou com cartas ameaçadoras, mas evoluiu para situações de risco real. “Ela dizia algo como: ‘Ou eu seria dela, ou não seria de mais ninguém’. Ela chegou a invadir o set de gravações duas vezes, tentou me atacar, mas as pessoas conseguiram impedir”, contou.

Na época, uma das filhas de Carolina era criança. A apresentadora é mãe de Valentina, de 30 anos, e Isabel, de 10.

Quais foram as medidas tomadas e o desfecho?

Segundo Carolina, o caso foi denunciado tanto às autoridades brasileiras quanto à Interpol – organização intergovernamental responsável por cooperação policial internacional. Apesar da proibição de entrada no Brasil, a perseguidora conseguiu burlar a restrição. “As autoridades ainda não estão preparadas para lidar com esse tipo de situação”, lamentou.

Após um período conturbado, a situação se resolveu com a prisão da agressora. “Finalmente, ela foi presa e eu consegui finalizar essa situação, mas foi muito difícil”, relatou a apresentadora.

O que caracteriza o crime de stalking?

Stalker é o nome dado ao perseguidor obsessivo, que ultrapassa limites da curiosidade e se torna uma sombra na vida da vítima. Essa pessoa pode acompanhar cada passo da vítima, seja presencialmente ou nas redes sociais, e não aceita ser ignorada. Entre os comportamentos mais comuns estão o envio de mensagens repetidas, seguir a pessoa na rua, invadir a privacidade online ou fazer ameaças disfarçadas de “declarações de amor”.

No Brasil, o stalking foi tipificado como crime em 2021. A legislação prevê punição para quem perseguir alguém de forma insistente, ameaçando sua liberdade, causando medo ou comprometendo sua integridade emocional e física.