Justiça dos EUA põe Taylor Swift no centro da disputa de “É Assim que Acaba”

Decisão libera acesso a conversas privadas da cantora

A Justiça dos Estados Unidos autorizou Justin Baldoni a acessar mensagens trocadas entre Blake Lively e Taylor Swift sobre “É Assim que Acaba” e o processo que envolve acusações de assédio e represálias nos bastidores do filme. A decisão do juiz Lewis Liman, publicada nesta quarta-feira (18/6), amplia o alcance das investigações sobre o conflito judicial entre os protagonistas da produção.

Blake Lively, protagonista do longa, tentou barrar o acesso de Baldoni às mensagens, argumentando que a estratégia tinha como objetivo expor Taylor Swift para ganhar repercussão pública. O juiz não acatou o pedido e considerou o conteúdo potencialmente relevante para o andamento do caso, mas impôs uma ordem de proteção para evitar o vazamento das mensagens à imprensa. “Uma moção ou solicitação pode ser, e neste caso muitas vezes foi, tanto uma tática legítima de litígio quanto uma tentativa de manobrar na esfera mais ampla da opinião pública”, escreveu Liman.

Por que Taylor Swift foi envolvida no processo?

A equipe jurídica do diretor de “É Assim que Acaba” já havia intimado Taylor Swift e seus advogados anteriormente. Em resposta, o porta-voz de Swift declarou que a cantora não tinha ligação com o filme, além da liberação de uma música, e só assistiu ao longa semanas após o lançamento. Após tentativas para anular as intimações, Baldoni retirou os pedidos, mas a defesa de Lively buscou encerrar a possibilidade de envolvimento de Swift, argumentando que seu nome era irrelevante para o processo.

O juiz rejeitou a tese, citando alegações de que Swift teria conhecimento sobre queixas ou conversas a respeito do ambiente de trabalho no filme.

O que diz a decisão do juiz sobre as mensagens?

No despacho, Liman afirmou: “Dado que Lively declarou que Swift tinha conhecimento de queixas ou discussões sobre o ambiente de trabalho no filme, entre outras questões, os pedidos de mensagens com Swift sobre o filme e esta ação são razoavelmente direcionados para obter informações que comprovem ou refutem as alegações de assédio e retaliação feitas por Lively”.

O caso teve início em dezembro, quando Blake Lively processou Justin Baldoni e sua equipe por difamação, alegando que foi alvo de campanha negativa após relatar assédio sexual nos bastidores de “É Assim que Acaba”. Baldoni respondeu com sua própria ação contra Lively por suposta difamação, mas seu processo foi rejeitado na semana passada.