
Divulgação/RCA
R. Kelly é hospitalizado após overdose na prisão
Rapper foi levado às pressas ao hospital após receber dose excessiva de remédios e defesa afirma que ele voltou à solitária sem tratamento adequado
Internação após crise na prisão
O cantor de R&B R. Kelly foi hospitalizado após sofrer uma overdose de remédios enquanto estava preso nos Estados Unidos. De acordo com a Entertainment Weekly, o artista foi colocado em confinamento solitário na terça-feira passada (10/6) e passou mal após receber uma “quantidade excessiva” de medicamentos, em vez das doses habituais para ansiedade e sono, segundo seus advogados.
O que aconteceu durante a internação?
R. Kelly precisou ser levado às pressas para uma unidade hospitalar após a equipe médica da prisão não conseguir estabilizá-lo. Um representante do cantor informou que, durante o atendimento, médicos identificaram coágulos sanguíneos nos pulmões e nas duas pernas do artista. Ainda assim, ele teria retornado à solitária sem tratamento adequado para o quadro.
O que diz a defesa e as autoridades?
Os advogados de R. Kelly afirmaram que as autoridades penitenciárias estão expondo o cantor a risco de morte e pediram a mudança temporária para regime domiciliar, mas o pedido foi negado inicialmente. O Departamento Federal de Prisões declarou que, “por razões de privacidade, segurança e proteção”, não comentaria as acusações feitas pela defesa do artista.
Por que R. Kelly está preso?
Considerado o “rei do R&B”, o cantor, que fez muito sucesso na década de 1990, já chegou a ser considerado motivo de orgulho pela cidade da Chicago. No auge de seu sucesso, ele trabalhou com Michael Jackson (“You Are Not Alone”), Janet Jackson (“Any Time, Any Place”), Jennifer Lopez (“Baby I Love U”), Toni Braxton (“I Don’t Want To”) e Britney Spears (“Outrageous”), Jay-Z (“The Best of Both Worlds”), além de ter gravado um dueto com Celine Dion (“Gotham City”) para a trilha do filme “Batman e Robin” (1997).
Mas os boatos de abuso sexual também começaram a surgir em meio a essa fase bem-sucedida, envolvendo inclusive a falecida cantora Aaliyah. Tudo mudou após o movimento #MeToo, quando surgiram dezenas de acusações de abuso, que acabaram reunidas numa série documental do canal Lifetime: “Surviving R. Kelly”, em 2019.
Por conta das acusações, o artista foi condenado em junho de 2022 a 30 anos de prisão por uma Corte Federal do Brooklyn. O júri o considerou culpado de liderar por décadas uma rede de tráfico e abuso sexual.
Depois disso, ainda enfrentou outro julgamento em 2023, que aumentando sua pena em mais 20 anos. Na ocasião, foi considerado culpado por uma Corte Federal de Chicago por produzir três vídeos dele mesmo em que aparecia abusando sexualmente da afilhada de 14 anos.