Lou Christie, ídolo pop da década de 1960, morre aos 82 anos

Cantor alcançou o topo das paradas com “Lightnin’ Strikes” e marcou gerações com falsete inconfundível

Divulgação/Roulette

Cantor foi símbolo dos anos 1960

Lou Christie, cantor americano responsável por sucessos como “Lightnin’ Strikes” e “Rhapsody in the Rain”, morreu na quarta-feira (18/6), aos 82 anos, conforme comunicado de familiares em redes sociais. Não foram informados data exata ou causa da morte.

Nascido Lugee Alfredo Giovanni Sacco em 1943, Christie alcançou projeção internacional nos anos 1960 com sua voz de falsete e melodias marcantes. O maior êxito da carreira foi “Lightnin’ Strikes”, lançada em 1965 e que chegou ao topo da Billboard Hot 100 em fevereiro de 1966. Escrita em parceria com Twyla Herbert, a faixa se destacou por seu refrão potente e pelo uso dramático do falsete, aproximando Christie do estilo de Frankie Valli e também dos Beach Boys.

Começo de carreira

A carreira começou cedo, ainda nos tempos de colégio, em Pittsburgh, quando Christie formou o grupo Lugee & the Lions ao lado da filha de Twyla Herbert. Com incentivo de um empresário, adotou o nome artístico Lou Christie em 1962 e lançou o primeiro single, “The Gypsy Cried”, que alcançou o 24º lugar na parada americana e vendeu um milhão de cópias.

Com seu visual de galã e voz única, Christie fez parte da última geração de “teen idols”, ícones pop que dominavam revistas, rádios e turnês nos Estados Unidos – a geração de Frankie Avalon, Fabian, Bobby Rydell, Bobby Vee, Ricky Nelson, Gene Pitney e Paul Anka. Diferente da maioria, Christie se destacou por seguir em atividade mesmo após o surgimento da chamada “British Invasion”, liderada pelos Beatles. “Aqueles teen idols estavam desaparecendo, mas meus discos continuaram tocando”, afirmou em entrevista.

Outros hits e trajetória musical

O cantor teve três músicas entre as dez mais tocadas dos Estados Unidos. Antes do auge com “Lightnin’ Strikes”, emplacou “Two Faces Have I” (1963), também composta com Twyla Herbert e citada anos depois como inspiração para “Two Faces”, de Bruce Springsteen.

Além dessas, Christie ficou conhecido pelo single “Rhapsody in the Rain”, que causou polêmica e chegou a ser banido em algumas rádios devido à sugestão de cenas íntimas em um carro durante a chuva. Após a controvérsia, a versão original, com o verso “In this car, our love went much too far” (neste carro, nosso amor foi longe demais), foi trocada por uma gravação considerada mais “limpa”.

Em 1969, voltou ao Top 10 americano com “I’m Gonna Make You Mine”, sucesso ainda maior no Reino Unido, onde atingiu o 2º lugar.

Legado e últimos anos

Ao longo das décadas seguintes, Lou Christie transitou por diferentes estilos, incluindo country e música adulta contemporânea, com destaque para “Beyond the Blue Horizon”, que entrou no Top 20 da Adult Contemporary. O cantor seguiu gravando até os anos 2010 e participou de shows de nostalgia, celebrando a trajetória marcada pela autenticidade e pelo alcance de suas canções.