
Divulgação/HBO
Gregório Duvivier ironiza ter sido alvo de espionagem de Bolsonaro: “Encaro como medalha”
Ator debocha da ação ilegal da Abin paralela, critica falhas da investigação e cobra punição dos responsáveis
Relatório expõe espionagem ilegal
Gregório Duvivier ironizou o fato de ter sido alvo de monitoramento pela chamada “Abin paralela”, estrutura de espionagem que, segundo investigação da Polícia Federal, atuava para interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos. O sistema utilizava o software First Mile para ações de vigilância consideradas ilegais.
“Encaro como uma medalha”, afirma Duvivier
Ao comentar o episódio, Duvivier declarou: “Me sinto muito honrado de ter sido considerado um inimigo público por esses bandidos. Encaro como uma medalha. E fico muito aliviado pela baixíssima qualidade da ‘investigação’. Eles são tão ruins que em dois anos de espionagem não conseguiram encontrar nada de errado na minha vida. Faço tanta coisa errada. Como pode não terem encontrado nada que me incrimine?”
O ator ainda ironizou a eficiência dos agentes envolvidos: “Que bom que o Brasil não está em guerra. Imagina ter que confiar nessa gente pra defender a nação. São uma mistura de ‘Loucademia de Polícia’ com Dedé e o Comando Trapalhão. Uma vergonha para o Brasil. Tomara que sejam punidos, não só porque a espionagem é criminosa, mas porque são muito ruins nisso. Rasgaram dinheiro público.”
De acordo com o relatório revelado nesta semana, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet, então chefe do CIN (Centro de Inteligência Nacional) da Abin, solicitou a produção de um dossiê sobre Duvivier. Bormevet foi preso no início da operação da PF, em julho de 2024. O levantamento de informações coube a Giancarlo Gomes Rodrigues, subordinado do chefe do CIN, que comunicou: “O Gregório já está na minha lista”, conforme o relatório.
O documento anexou publicações do artista, incluindo uma postagem em que Duvivier escreveu: “Bolsonaro é um genocida. E também inepto, corrupto, covarde, estúpido” no X (antigo Twitter).
O relatório da PF se tornou público após o ministro Alexandre de Moraes retirar o sigilo da investigação. O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.