Trailer de “Frankenstein” impulsiona debate sobre streaming e cinema
O lançamento do primeiro trailer de “Frankenstein”, novo projeto de Guillermo del Toro para a Netflix, reacendeu o debate sobre o destino de grandes produções no streaming. Com estreia global prevista para novembro, o filme estrelado por Oscar Isaac como o Dr. Frankenstein, Jacob Elordi como o monstro e Mia Goth como a noiva do cientista, impressionou pelo impacto visual e gerou uma onda de comentários nas redes sociais cobrando lançamento nos cinemas.
A prévia destaca cenários vitorianos exuberantes, imagens do Ártico e a atmosfera grandiosa buscada por del Toro, que há anos tenta realizar sua adaptação do romance clássico de Mary Shelley. O próprio diretor já afirmou que, embora “Frankenstein” tenha quase 200 adaptações para o cinema, ninguém adaptou integralmente o livro. Del Toro declarou: “O livro se tornou minha bíblia, porque o que Mary Shelley escreveu foi o sentido definitivo de isolamento que se sente na infância. Frankenstein, para mim, é o ápice de tudo”.
Por que o público cobra lançamento nos cinemas?
A recepção ao trailer foi marcada por centenas de comentários pedindo que a Netflix leve o filme para as salas de exibição. Frases como “Guillermo del Toro merece os cinemas” e “Netflix deveria lançar esse filme nos cinemas, não apenas no streaming” se multiplicaram nas redes, refletindo o desejo dos fãs por uma experiência cinematográfica. Críticos ressaltam que, ao limitar grandes produções ao streaming, plataformas como a Netflix deixam de explorar o potencial de bilheteria de obras visualmente ambiciosas.
Paradoxalmente, enquanto parte do público pede a exibição tradicional, o filme só existe porque a Netflix financiou o projeto, recusado anteriormente por outros estúdios. Del Toro, vencedor do Oscar por “A Forma da Água”, tenta viabilizar “Frankenstein” desde 2007 e incluiu elementos raramente explorados em outras adaptações, como a estrutura narrativa com cenas no Polo Norte.
O que esperar do filme de Guillermo del Toro?
Em entrevistas recentes, o cineasta explicou que o novo “Frankenstein” seguirá de perto o romance original e trará um olhar inédito sobre a solidão e o drama da criatura. A produção chega ao streaming no final do ano, mas deve ganhar uma exibição limitada nos cinemas para concorrer ao Oscar. Curiosamente, o elenco traz Mia Goth, que também participa do remake de “Noiva de Frankenstein”, dirigido por Maggie Gyllenhaal para a Warner Bros. — este sim programado para lançamento exclusivo nos cinemas em março de 2026.
