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Eventim acrescenta terceira taxa na venda de ingressos do My Chemical Romance
Compradores encontram cobrança extra na pré-venda do show da banda americana em São Paulo
Venda de ingressos traz taxa inédita
Quem adquiriu ingressos para o show do My Chemical Romance em São Paulo na pré-venda desta quarta-feira (25/6) foi surpreendido com uma cobrança extra na plataforma Eventim: a taxa de processamento. O novo valor é adicionado às já conhecidas taxas de serviço — cerca de 20% do valor do ingresso — e de administração, um valor fixo definido pela produtora.
Com a novidade, a compra passa a incluir três taxas distintas acima do valor base do ingresso. O acréscimo foi notado especialmente nos eventos organizados pela produtora 30e, como mostram exemplos do próprio show do My Chemical Romance e do Planet Hemp.
Quando My Chemical Romance toca no Brasil?
O My Chemical Romance retorna ao Brasil em 2026, após 17 anos, como parte de uma turnê sul-americana que terá abertura do The Hives. O show está marcado para 5 de fevereiro de 2026, no Allianz Parque, em São Paulo.
Qual é o preço dos ingressos?
Após a venda para clientes do banco patrocinador, a venda geral acontece a partir das 12h de sexta-feira (27/6) pelo site da Eventim e às 13h na bilheteria oficial. Os valores divulgados são:
CADEIRA SUPERIOR R$197,50 (meia) | R$395,00 (inteira)
PISTA R$247,50 (meia) | R$495,00 (inteira)
CADEIRA INFERIOR R$322,00 (meia) | R$645,00 (inteira)
PISTA PREMIUM R$447,50 (meia) | R$895,00 (inteira)
Com a incidência das taxas, os preços podem subir até 32,7%.
Como a empresa justifica cada taxa?
Taxa de Serviço: “A Taxa de Serviço corresponde à remuneração da prestação de serviço oferecida quando, por escolha do cliente, a compra é realizada por meio do site da Eventim ou Pontos de Venda (PDVs), não havendo necessidade de se deslocar até a Bilheteria Oficial, onde não é cobrada a taxa. Por se tratar de prestação de serviço efetiva, que ocorre a partir da navegação, pela reserva e no momento da conclusão da compra, e tendo o consumidor utilizado o serviço com sucesso, seu valor não é passível de restituição e/ou reembolso.”
Taxa de Administração (ADM): “A Taxa de Administração (ADM) é cobrada pela empresa que detém a exclusividade na gestão da programação de eventos, shows e espetáculos em determinadas arenas, estádios e/ou casas de espetáculos, a seu critério exclusivo, não cabendo à Eventim, qualquer responsabilidade nesta cobrança. Trata-se de taxa em valor fixo e único, independentemente de setor ou tipo de ingresso, seja nas vendas online, seja nos PDVs – canal presencial. Os valores da Taxa ADM são destinados à prospecção dos citados eventos, a continuidade dos investimentos em melhorias destinadas aos shows e espetáculos e, assim, o desenvolvimento contínuo do espaço e de suas atividades correlatas, de modo a oferecer melhores experiências ao público e atrair as melhores atrações nacionais e internacionais, incrementando as agendas destes espaços. Quando aplicável, o valor é informado em linha própria no ato da compra e antes de sua conclusão, na tela de resumo de compra.”
Taxa de Processamento: “A Taxa de Processamento é cobrada para cobrir custos essenciais para o funcionamento e manutenção do sistema de pagamentos eletrônicos, como custos de processamento da transação (autorização e operação do pagamento), segurança das informações do cliente (proteção dos dados financeiros), transferência dos fundos para o promotor do evento e outros serviços relacionados. Ela será cobrada com base no valor e itens do pedido realizado e será aplicável a depender da forma de pagamento eletrônica escolhida quando um cliente realiza a compra ou pagamento, por exemplo cartões de crédito, débito e pix, do local do pagamento, do valor da transação, do volume, dos processadores de pagamentos envolvidos na transação, dentre outros fatores.”
Qual foi a reação do público?
A inclusão da taxa de processamento gerou forte reação entre fãs e consumidores nas redes sociais. “Inventaram outra taxa para os ingressos. “Taxa adm, taxa processamento e taxa de serviço — serviço esse que você apresenta o ingresso no app e que na hora de comprar tem todas as meias esgotadas em 5 mins. Literalmente um ingresso que custava 800 reais ficou 1.000, que absurdo. E o Procon faz o quê? Nada!”, reclamou um internauta.
“Se a taxa de processamento serve pra isso tudo, então pra que servem as taxas de serviço e de administração?”, questionou outro, que ainda conclamou: “Passou da hora de uma CPI das tiqueteiras no Brasil, igual nos EUA. Enquanto não acontecer, eles vão continuar explorando os fãs com preços absurdos e um serviço porco.”