Criador de “The Last of Us” revela futuro de Ellie após final impactante da 2ª temporada

Craig Mazin afirma que o desfecho não encerra a trajetória da protagonista e promete novos conflitos para a 3ª temporada

Divulgação/HBO

h2>Final da temporada deixa destino dos personagens em aberto

A 2ª temporada de “The Last of Us” terminou no domingo (26/5) com um episódio que deixou o público sem respostas sobre o destino de Ellie (Bella Ramsey), após o confronto com Abby (Kaitlyn Dever). A trama, que começou mostrando Joel (Pedro Pascal) e Ellie instalados numa comunidade no Wyoming cinco anos após os eventos iniciais da série, terminou com a protagonista em Seattle, em busca de vingança e marcada por escolhas que ampliam o peso dramático do roteiro.

O criador da série, Craig Mazin, explicou ao Deadline que a intenção do final foi provocar inquietação, mas reforçou que a trajetória de Ellie segue aberta. “O que quero que o público sinta tematicamente ao fim da temporada é que eles não estão onde estavam, mas ainda não chegaram onde vão chegar. Sempre contamos uma história sobre o bem e o mal, mas mudamos de lado às vezes”, declarou Mazin.

O que significa o final aberto para Ellie?

Mazin também ressaltou que a evolução de Ellie envolve consequências difíceis. Após cometer ações questionáveis ao longo da temporada, a personagem sente o peso de suas escolhas e se vê abalada pelos acontecimentos. “O momento exige de Bella um nível profundo de arrependimento e fracasso. Ela sente o impacto do que fez e questiona se pode seguir em frente depois de tudo”, explicou o roteirista.

A relação entre Ellie e Abby, segundo Mazin, será um dos principais pontos para o novo ano da série. “Entendemos que ambas avançam em meio a problemas. As duas estão com problemas morais, porque suas certezas começaram a falhar”, disse. O roteirista garantiu ainda que os novos episódios vão explorar o que cada personagem fará diante das consequências de seus atos.

Qual será o foco da 3ª temporada?

Apesar do final em aberto, Mazin antecipou que o próximo ano da série deve manter o foco nos desdobramentos dos acontecimentos, principalmente a partir da perspectiva de Abby, vivida por Kaitlyn Dever. “Não vimos o final de Kaitlyn Dever, não vimos o final de Bella Ramsey. Não vimos o final de muitos que atualmente estão mortos na história”, declarou o criador.

Neil Druckmann, cocriador da série, também comentou sobre os rumos da trama. “A questão é: quando você comete coisas horríveis, dependendo das circunstâncias, é possível voltar atrás?”, pontuou, indicando que o debate sobre justiça, culpa e redenção será o centro da narrativa do terceiro ano da produção.

h2>Conflito entre WLF e Serafitas terá mais destaque

Segundo Mazin, a próxima temporada vai aprofundar o conflito entre Abby, a WLF (Frente de Libertação de Washington) e os Serafitas. Abby, interpretada por Kaitlyn Dever, é uma das líderes do grupo rebelde responsável por derrubar a Fedra, a força paramilitar que controla o mundo após a pandemia zumbi. O roteiro deve explorar parte da narrativa sob a perspectiva de Abby, detalhando como ela acaba protegendo Lev e Yara, dois Serafitas que vivem em permanente guerra contra a WLF.

Outro personagem central será Isaac Dixon (Jeffrey Wright), comandante da WLF, cuja autoridade começa a ser questionada por membros como a própria Abby devido a métodos cada vez mais violentos. A guerra entre Serafitas e WLF será expandida, mostrando a origem dos grupos e as motivações da Profeta que liderou a seita dos Serafitas.

O que esperar dos novos episódios?

O produtor reforçou que os conflitos morais dos personagens e as lacunas do enredo serão fundamentais no terceiro ano. “Tenho tantas perguntas, e entendo que o público também as tenha. Quero garantir a eles que essas perguntas estão corretas e serão respondidas. Como aquela guerra começou? Por quê? Como os Serafitas começaram? Quem é a profeta? O que aconteceu com ela? O que Isaac quer?”, afirmou Mazin.

O roteirista indicou ainda que o novo ano deve dividir o protagonismo entre Ellie e Abby, destacando as consequências de suas escolhas e aprofundando os impactos da guerra civil instaurada na sociedade pós-pandemia.