Future Ruins propõe celebração inédita de trilhas de cinema
Os músicos Trent Reznor e Atticus Ross, integrantes da banda Nine Inch Nails e vencedores de dois Oscars de Melhor Trilha Sonora (por “A Rede Social” e “Soul”), anunciaram a realização do Future Ruins Festival, primeiro evento dedicado a shows de compositores de trilhas sonoras de filmes e séries.
Lineup reúne lendas e pioneiros de trilhas sonoras
O festival acontece em 8 de novembro, no Los Angeles Equestrian Center, e destaca um lineup com alguns dos maiores nomes da música audiovisual, como John Carpenter (“Halloween”), Danny Elfman (“Batman”), Goblin (“Suspiria”), Mark Mothersbaugh (“Um Filme Minecraft”) e Hildur Guðnadóttir (“Coringa”).
Por curiosidade, dois dos compositores selecionados tiveram bandas famosas durante a era new wave dos anos 1980: Elfman liderava o Oingo Boingo e Mothersbaugh o Devo. Já Goblin era uma banda italiana de rock progressivo, que ficou famosa justamente por suas trilhas de filmes de terror nos anos 1970, e hoje virou nome artístico de seu antigo líder, Claudio Simonetti.
Outros destaques
O Future Ruins terá três palcos e também contará com a execução integral da trilha de “Crash”, de Howard Shore, em homenagem ao diretor David Cronenberg. Também participam Questlove (com apresentação das obras do soulman Curtis Mayfield para o cinema), Kyle Dixon & Michael Stein (“Stranger Things”), Isobel Waller-Bridge (“Fleabag”), Terence Blanchard (“Malcolm X”), Ben Salisbury & Geoff Barrow (“Ex Machina”), Volker Bertelmann/Hauschka (“Nada de Novo no Front”), Cristobal Tapia de Veer (“The White Lotus”), Tamar-kali (“Mudbound”), Robert Aiki Aubrey Lowe (“Candyman”) e o próprio duo Trent Reznor & Atticus Ross.
A curadoria reforça o papel dos compositores como protagonistas e celebra a música de cinema como obra independente.
Evento promete reinvenção de clássicos do cinema
A proposta do festival, batizado como uma “cerimônia cinematográfica”, é incentivar os compositores a “dar grandes saltos e reinventar suas obras para o palco”, de acordo com os idealizadores. Reznor e Ross afirmam que não haverá headliner ou hierarquia: “É uma escalação de visionários fazendo algo que talvez nunca mais se veja. É sobre dar a quem é referência mundial em emocionar plateias via música a chance de contar novas histórias em um contexto ao vivo”.
A expectativa é de que o Future Ruins reinvente temas clássicos do cinema mundial em apresentações inéditas. O festival pretende tirar trilhas do isolamento de estúdio para valorizá-las no palco, com novas leituras de sucessos de filmes e séries consagradas.
Até o momento, não há indicações de que o evento será levado para outros países.