
Instagram/Samara Filippo
Justiça pune alunas por racismo contra filha de Samara Felippo: “Caso emblemático”
Meninas responsáveis por escrever ofensas no caderno de Alicia terão de cumprir quatro meses de serviços comunitários, com seis horas semanais
Tribunal mantém decisão contra autoras de agressão racista
A Justiça de São Paulo determinou que as duas alunas responsáveis por agressões racistas contra Alicia, filha de Samara Felippo e do ex-jogador Leandrinho, cumpram serviços comunitários por quatro meses. A medida, que impõe seis horas semanais de atividade, foi estabelecida em sentença de dezembro de 2024 e agora foi mantida pelo Tribunal de Justiça. A ação corre em segredo de Justiça e tramita em segunda instância.
“Este caso é emblemático porque reafirma que práticas de racismo não serão toleradas, mesmo quando praticadas por adolescentes, e que o sistema de justiça está atento à proteção da dignidade e da igualdade racial, valores fundamentais de nossa Constituição”, afirmou Thais Cremasco, advogada da atriz.
Alunas arrancaram páginas e escreveram ofensas em caderno
O caso ocorreu no Colégio Vera Cruz, escola particular localizada na zona oeste de São Paulo. Alicia teve um caderno furtado, teve todas as páginas de uma pesquisa arrancadas e encontrou, no lugar, frases de cunho racista. O material foi posteriormente deixado na área de achados e perdidos da escola.
Ao encontrar o caderno, Alicia procurou uma professora e a orientadora da série. A instituição confirmou os fatos em comunicado enviado aos pais dos alunos do 9º ano, reconhecendo a gravidade do ocorrido e afirmando ter acolhido a aluna desde o primeiro momento.
“Desde o primeiro momento, mantivemos contato constante com a família da aluna vítima dessa agressão racista, assim como permanecemos atentos para que ela não fique demasiadamente exposta e seja vítima de novas agressões”, diz trecho da nota obtida pelo UOL. A escola também solicitou que os pais conversassem com seus filhos sobre o episódio.
Suspensões, viagem cancelada e saída voluntária
As alunas identificadas como autoras das agressões foram suspensas por tempo indeterminado e proibidas de participar de uma viagem escolar. Em seguida, os pais de uma das estudantes anunciaram a saída voluntária da filha da instituição.
“A Samara e sua filha devem estar lidando com as dores do ataque. Por aqui estamos tratando das nossas dores também, dando suporte emocional às nossas filhas adolescentes para passarmos pela turbulência e levarmos lições construtivas de todo esse processo. Todos nós estamos de certa forma enlutados com esse caso”, afirmaram os pais em comunicado enviado à escola.