Shows do Ira! são cancelados no Sul após protesto de Nasi contra anistia
Divulgação/Ira

Shows do Ira! são cancelados no Sul após protesto de Nasi contra anistia

Cancelamentos após manifestação política

A produtora SCAR anunciou nesta quarta-feira (9/4) o cancelamento dos shows da banda Ira! que aconteceriam na região Sul, citando como motivo a onda de reações negativas após uma manifestação do vocalista Nasi contra os pedidos de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

De acordo com a empresa, a decisão abrange apresentações previstas em Jaraguá do Sul e Blumenau, em Santa Catarina, e Caxias do Sul e Pelotas, no Rio Grande do Sul. A nota divulgada no Instagram atribui o cancelamento a “inúmeros pedidos de cancelamento de ingressos adquiridos, desistência de patrocinadores e o risco claro de não progressão das vendas até as datas dos shows”.

Produtora critica postura de artistas

A SCAR também aproveitou o comunicado para lamentar o episódio e apontar responsabilidade da banda pela repercussão negativa. “Somos uma produtora com mais de 30 anos de mercado e nosso principal patrimônio é o público, e este deve ser muito bem tratado por nós produtores e pelos artistas, que deveriam subir ao palco apenas para apresentar suas músicas e talentos”, diz o texto.

A empresa afirmou que não teve “outra alternativa a não ser os cancelamentos”, diante da perda de patrocinadores e do impacto nas vendas de ingressos.

Vaias e reação durante show em MG

A polêmica teve início no dia 29 de fevereiro, quando Nasi foi vaiado por parte do público durante um show da banda em Contagem (MG). Ao gritar “sem anistia”, o vocalista recebeu reações contrárias e respondeu de forma direta:

“Por favor, vão embora! Vão embora da nossa vida! Vão embora e não apareçam mais em shows, não comprem nossos discos, não apareçam mais.”

Apesar do confronto com parte da plateia, o músico também foi aplaudido por outros presentes no local. Desde então, a manifestação tem gerado comentários diversos nas redes sociais. Vale apontar que o apoio foi muito maior que as críticas.

A SCAR informou que ainda estuda os desdobramentos da situação e não quis dar declarações à imprensa ao longo do dia.

O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.

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