Humorista admite erros do começo do grupo
Gregório Duvivier afirmou que sente vergonha de esquetes do começo do Porta dos Fundos com conteúdo preconceituoso, especialmente em relação à comunidade trans. Em entrevista ao Flow News, ele citou diretamente uma produção do início do canal, fundado em 2012, como exemplo do que considera inaceitável atualmente.
Qual o pior vídeo do Porta dos Fundos?
“Tivemos muitos erros, por exemplo, transfobia. Tem uma esquete super transfóbica que eu fiz no começo do Porta. Esse era um ponto cego nosso. A gente achava engraçadíssimo colocar um homem vestido de mulher e chamar ‘traveco’. A gente achava engraçado isso em 2012, hoje em dia já morro de vergonha quando vejo qualquer vídeo desses”, declarou.
O vídeo mencionado por Duvivier é “Traveco da firma”, em que o humorista Fábio Porchat interpreta uma travesti em um ponto de prostituição. “Já pedimos desculpas, mas é uma questão de época, naquela época aquilo parecia engraçado. Hoje em dia, vendo, eu morro de vergonha. Acho um horror. E como esse tem vários”, afirmou.
O humor deve mudar com a sociedade
Na entrevista, Gregório Duvivier refletiu sobre a transformação do humor em função do contexto social. “A piada existe dentro de um contexto, tem que entender isso. O limite do humor muda conforme o dia. O mundo está mudando o tempo todo, depende da sociedade, porque o humor é filho da sociedade. Então a gente tem que entender o instante para entender a piada.”
Ele também defendeu a importância de reconhecer os erros e se adaptar: “Já erramos muito, mas a gente tenta aprender com os nossos erros e acho que isso é importante.”
