Trump acusa CNN e MSNBC de serem “ilegais”

Trump acusa CNN e MSNBC de serem “ilegais”

Presidente dos EUA criticou canais de TV que considera opositores e acusou a mídia de influenciar decisões judiciais

Divulgação/White House

Declarações contra a imprensa

O presidente Donald Trump fez um ataque à mídia na noite de sexta-feira (14/3), que se tornou o assunto mais falado das redes sociais dos Estados Unidos. Trump classificou como “ilegais e corruptos” os veículos de comunicação que fazem críticas ao seu governo. Durante um discurso no Departamento de Justiça, ele acusou especificamente a CNN e a MSNBC de serem “braços políticos do Partido Democrata”.

“Acredito que a CNN e a MSNBC, que escrevem literalmente 97,6% de coisas ruins sobre mim, são braços políticos do Partido Democrata”, afirmou o presidente americano diante de promotores e agentes de segurança.

Trump argumentou que essas redes têm influência sobre o sistema judiciário e afetam decisões de magistrados. “Isso está mudando a lei e simplesmente não pode ser legal. Não creio que seja legal. E o fazem em total coordenação entre si”, declarou.

Histórico de ataques à mídia

Trump mantém uma postura hostil contra os meios de comunicação desde seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, algo sem precedentes entre presidentes dos EUA. Em diversas ocasiões, chamou jornalistas de “inimigos do povo” e acusou veículos tradicionais de divulgar “fake news”.

Desde que assumiu seu segundo mandato em janeiro, o republicano intensificou as críticas à imprensa e restringiu o acesso de veículos considerados adversários à Casa Branca. Entre as ações recentes, impediu a Associated Press (AP) de acompanhar coletivas de imprensa no Salão Oval.

Conflito com a Associated Press

Um dos embates mais recentes ocorreu após a AP se recusar a adotar a nova nomenclatura para o golfo do México, que Trump queria renomear como “golfo da América”. O presidente determinou a mudança nas primeiras semanas de seu novo governo, mas a agência afirmou que seguiria utilizando o nome reconhecido internacionalmente.

Diante da resistência, Trump retaliou impedindo a presença da AP em eventos oficiais na Casa Branca, numa postura de enfrentamento contra a imprensa.