Manifestação nas redes sociais
Gloria Perez manifestou apoio aos familiares de Vitória Regina de Sousa, jovem de 17 anos assassinada em Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo. Em publicação no Instagram, a autora de novelas classificou como “cínica” e “montada” a confissão de Maicol Antonio Sales dos Santos, operador de empilhadeira que admitiu o crime, segundo a polícia.
“Toda a solidariedade ao pai, à família da menina Vitória, que, depois de perder a filha de maneira tão brutal, ainda tem que ouvir essa ‘confissão’ cínica, montada de maneira a proteger o assassino das qualificadoras”, escreveu Gloria ao compartilhar um vídeo do pai da vítima, Carlos Alberto Souza, visivelmente abalado.
Questionamentos sobre o caso
A escritora afirmou que acredita na participação de mais pessoas no assassinato. “Não, ele não matou sozinho. (Espero) que a polícia não dê o caso por encerrado, nem permita que joguem embaixo do tapete todas as crueldades cometidas contra a garota”, declarou.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Vitória foi morta com três facadas no rosto, tórax e pescoço, sem indícios de violência sexual. O Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (Demacro) informou que Maicol confessou o crime na segunda-feira (18/3), por iniciativa própria. O delegado responsável pelo caso declarou que “não há dúvida” de que ele agiu sozinho.
A defesa do suspeito, no entanto, afirmou ao jornal O Globo que não acompanhou o depoimento, o que é proibido por lei.
Caso Daniella Perez
Gloria Perez teve a vida marcada por um caso de violência que mobilizou o país. Em 1992, sua filha, Daniella Perez, foi assassinada pelo ator Guilherme de Pádua, com quem contracenava na novela “De Corpo e Alma”, e por Paula Thomaz, mulher dele na época.
A atriz e bailarina foi abordada ao sair das gravações da novela escrita por sua mãe, imobilizada e levada para um local isolado, onde foi morta com 18 punhaladas.
O crime teve grande repercussão na mídia, recebendo atenção semelhante à renúncia do então presidente Fernando Collor, que ocorreu no dia seguinte ao assassinato. A investigação e o julgamento foram amplamente acompanhados pelo público e inspiraram a série documental “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez”, da plataforma Max.