Decisão do júri
Um júri em Los Angeles decidiu que a Disney não violou direitos autorais ao desenvolver “Moana” e rejeitou as acusações do animador Buck Woodall. A ação judicial alegava que a empresa copiou ideias de “Bucky and the Surfer Boy”, história sobre um jovem surfista no Havaí. Após pouco mais de duas horas de deliberação, o júri entendeu que a Disney nunca teve acesso ao material original do autor.
Origem da disputa
Woodall afirmou que compartilhou seu roteiro e trailer com Jenny Marchick, ex-diretora de desenvolvimento da Mandeville Films, que na época operava dentro das instalações da Disney em Burbank. Segundo o animador, Marchick teria mostrado o material a um contato na Disney Animation TV antes do início da produção de “Moana”.
No entanto, durante o julgamento, Marchick negou ter repassado qualquer conteúdo à Disney. “Tenho 100% de certeza de que nunca compartilhei materiais de ‘Bucky’ com ninguém da Disney”, declarou em depoimento ao Courthouse News Service.
Defesa da Disney
Os diretores de “Moana”, John Musker e Ron Clements, também refutaram as acusações e afirmaram que a história do filme foi inspirada em elementos de outras animações do estúdio, como “A Pequena Sereia”, “Aladdin” e “Hércules”. Durante o julgamento, o júri assistiu a trechos dessas produções para avaliar as semelhanças estruturais entre as narrativas.
“Estamos incrivelmente orgulhosos do trabalho coletivo que resultou em ‘Moana’ e satisfeitos com a decisão do júri, que reconheceu que o projeto não teve nenhuma relação com a obra do autor”, afirmou um porta-voz da Disney.
Processos sobre “Moana 2”
Mesmo com a derrota judicial, Woodall mantém outra ação contra a Disney, desta vez alegando que “Moana 2” também teria sido baseada em sua criação. Ele busca uma indenização equivalente a 2,5% da arrecadação da sequência, que faturou mais de US$ 1 bilhão em todo o mundo. O filme original arrecadou US$ 687 milhões mundialmente.