Entrevistas sem conhecimento
Desde a estreia de “Ainda Estou Aqui” no Festival de Veneza, em setembro de 2024, Fernanda Torres tem participado ativamente da campanha de divulgação internacional do filme, concedendo diversas entrevistas para a imprensa de diferentes países.
As entrevistas se multiplicaram após ela vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama e viraram rotina com sua nomeação ao Oscar 2025. Mas além de responder perguntas sobre a produção, a atriz também tem precisado corrigir alguns deslizes cometidos pelos entrevistadores, especialmente nos Estados Unidos, que não conhecem muito bem o cinema brasileiro.
Fernanda Montenegro não morreu
Em uma conversa com a W Magazine, a repórter se referiu à mãe da atriz, Fernanda Montenegro, no passado, como se não estivesse mais viva. Torres interrompeu a jornalista e a corrigiu: “Era? Ela ainda é! Ela acabou de entrar para o Guinness Book. É inacreditável.”
Durante a entrevista, Torres também destacou a admiração pela trajetória da mãe. “Ela acabou de terminar um filme, aos 95 anos (‘Vitória’, ainda inédito). Minha mãe acha que o melhor que existe é o teatro. Ela teve mil vidas nos palcos.”
Engano sobre prêmio em Cannes
Outra confusão aconteceu durante uma entrevista com Jessica Chastain, vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 2022. Chastain mencionou que Fernanda Torres teria vencido o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes por um filme de Walter Salles, o que não é correto.
Torres prontamente esclareceu: “Não [foi com Walter]. Eu ganhei Cannes aos 19 anos com um filme que eu não gosto muito.” O longa em questão é “Eu Sei Que Vou Te Amar” (1986), dirigido por Arnaldo Jabor. A atriz acrescentou: “Amo o diretor e outros filmes dele, mas esse especificamente não.”
Primeira parceria com Walter Salles
Em outro evento, durante o Festival de Santa Bárbara, Fernanda Torres corrigiu o apresentador Dave Karger, que sugeriu que Walter Salles havia trabalhado primeiro com Fernanda Montenegro. A atriz logo rebateu o equívoco: “Eu trabalhei com ele antes, sorry, fui a primeira.”
Antes de dirigir “Central do Brasil” (1998), Salles trabalhou com Fernanda Torres em “Terra Estrangeira” (1995). Ao perceber a confusão, Karger pediu desculpas e brincou que Torres poderia corrigi-lo quantas vezes fosse necessário.
