Queixa-crime aponta irregularidades em documento
O compositor Toninho Geraes apresentou uma queixa-crime solicitando abertura de inquérito policial para investigar suposta falsificação em documentos apresentados pela defesa de Adele no processo judicial sobre a música “Million Years Ago”. Segundo os advogados de Geraes, a adulteração teria ocorrido na procuração que autoriza a representação legal da cantora no caso, em que o compositor brasileiro alega plágio.
A disputa começou em fevereiro, quando Geraes processou Adele pelas semelhanças entre “Million Years Ago” e “Mulheres”, popularizada na voz de Martinho da Vila.
Em audiência realizada em dezembro do ano passado, a defesa da artista indicou uma representante legal, que, segundo a queixa, não possuía a procuração durante a reunião. O documento foi apresentado posteriormente, mas, de acordo com a acusação, apresenta sinais de rasura.
Acusações de falsidade e fraude processual
A queixa-crime aponta que a procuração contém termos em inglês e português sem tradução juramentada e apresenta informações conflitantes.
Um dos pontos destacados é o suposto local de assinatura: São Paulo, cidade onde Adele nunca esteve. Além disso, a assinatura da cantora no documento seria diferente de outras disponíveis publicamente.
Se confirmada a falsificação, os envolvidos podem responder por falsidade documental, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual.
Decisão judicial e recurso
Em dezembro, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que a música “Million Years Ago” fosse retirada das plataformas de streaming e proibida de ser comercializada sem a autorização de Geraes, sob pena de multa de R$ 50 mil.
No entanto, a gravadora recorreu, e a música permanece disponível.
Sem resposta das gravadoras
Procuradas, a Sony Music, representante de Adele no Brasil, e a Universal Music não se manifestaram sobre o novo capítulo do caso. O espaço segue aberto para declarações e atualizações.