Silvio Santos deixa fortuna de R$ 6,4 bilhões e surpreende mercado

O patrimônio do criador do SBT e um dos maiores nomes da TV brasileira veio à tona num processo judicial movido pela família

Divulgação/SBT

Fortuna revelada após morte do apresentador

As herdeiras de Silvio Santos revelaram na Justiça que o empresário, que morreu em agosto de 2024 aos 93 anos, deixou uma fortuna de R$ 6,4 bilhões. O valor foi informado em uma ação judicial movida contra o governo de São Paulo e detalhado em documentos assinados pela viúva, Iris Abravanel, e as filhas Patrícia, Rebeca, Cintia, Silvia, Daniela e Renata Abravanel.

O montante surpreendeu o mercado financeiro, já que estimativas anteriores apontavam que o patrimônio do criador do SBT girava em torno de R$ 1,6 bilhão. A disparidade de valores destacou a forma discreta com que o apresentador administrava seus bens, evitando divulgar informações sobre seus negócios e reforçando o desapego à ostentação, postura também transmitida às filhas.

Disputa judicial sobre bens no exterior

Parte da fortuna de Silvio Santos estava alocada na Daparris Ltd, uma empresa sediada nas Bahamas, onde eram mantidos cerca de R$ 429 milhões. Esse valor se tornou objeto de uma disputa judicial devido à cobrança do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), calculado em R$ 17 milhões pelo governo paulista.

As herdeiras argumentaram que o montante em questão não deveria estar sujeito à legislação tributária brasileira por ser mantido em um paraíso fiscal. Na última decisão, a Justiça concedeu uma liminar que suspendeu a exigência do pagamento, embora o processo ainda aguarde um desfecho definitivo.

Patrimônio acima das expectativas

A revelação do valor total da herança surpreendeu pela magnitude, evidenciando a complexidade da gestão dos bens do apresentador. Especialistas apontam que Silvio Santos optava por discrição total na condução de seus negócios, o que contribuiu para que o valor real de sua fortuna permanecesse desconhecido até sua morte.

Além dos investimentos internacionais, o empresário também foi reconhecido por seu controle direto sobre as empresas do grupo e sua resistência a qualquer tipo de exposição pública relacionada ao acúmulo de riqueza.