O processo contra o jornal
Justin Baldoni entrou com uma ação judicial contra o New York Times após a publicação de uma matéria que considerou favorável a Blake Lively. O ator e diretor de “É Assim que Acaba” pede R$ 1,5 bilhão em indenização, afirmando que o jornal falhou na verificação dos fatos e baseou-se em uma “narrativa egoísta” promovida pela atriz.
A matéria, publicada no último domingo (29/12), trouxe pela primeira vez acusações de Lively contra Baldoni, incluindo alegações de que o ator contratou uma agência para difamar a atriz e denúncias de assédio sexual. Segundo Baldoni, os e-mails e mensagens usados como prova foram manipulados. No processo, ele apresenta outras versões das comunicações, buscando contestar as acusações.
Mensagens e acusações
Entre os episódios citados na reportagem está a alegação de que Baldoni teria entrado no trailer de Lively sem permissão enquanto ela amamentava durante as filmagens de “É Assim que Acaba”. O ator apresentou uma mensagem de texto de Lively que contradiz a versão da matéria. “Estou bombeando leite no meu trailer se você quiser ensaiar nosso roteiro”, escreveu a atriz. Baldoni respondeu: “Combinado. Estou comendo com a equipe e vou para aí.”
Outra acusação é a de que Baldoni teria feito comentários inadequados sobre sua vida sexual. Em uma conversa sobre uma cena íntima do filme, Lively teria dito: “Eu ficaria envergonhada se isso acontecesse comigo.” O ator respondeu: “Não sei você, mas esses foram alguns dos momentos mais lindos entre mim e minha mulher.” Baldoni afirma que Lively também fez comentários pessoais sobre o tema.
Acusações contra Ryan Reynolds
O processo menciona ainda um episódio envolvendo Ryan Reynolds, marido de Lively. Baldoni alega que Reynolds o agrediu verbalmente durante uma reunião no apartamento do casal, “deixando todos os presentes chocados”. Além disso, Reynolds teria pressionado o agente de Baldoni a dispensá-lo antes de o ator contratar uma agência de gestão de crises.
Defesa de Baldoni
No processo, Baldoni acusa Lively de realizar uma campanha para prejudicar sua imagem e obter controle sobre a produção de “É Assim que Acaba”. “Ela embarcou em uma campanha estratégica e manipulativa”, afirma a ação, acrescentando que as acusações de assédio foram usadas para “garantir controle unilateral de todos os aspectos da produção”.
Baldoni também nega ter assinado um documento no qual concordava em não repetir comportamentos inadequados, alegando nunca ter visto tal documento, que é uma das principais peças da acusação de Lively. A ação ainda aborda um incidente envolvendo o produtor Jamey Heath, que foi acusado de mostrar um vídeo inapropriado a Lively. Heath argumenta que o vídeo, mostrando o parto de seu filho, era um registro pessoal sem conotação sexual.
Defesa de Baldoni e de seus colaboradores
O diretor, o produtor e outras pessoas acusadas por Lively também negam ter feito uma campanha para prejudicar a atriz. A ação defende que as agentes de Baldoni agiram dentro do “padrão da indústria”, se preparando para o pior, mas sem recorrer a táticas agressivas.
Baldoni argumenta ainda que Lively não entrou com um processo contra ele para evitar ter sua narrativa questionada. “Essa escolha a poupou do escrutínio do processo, que inclui responder perguntas sob juramento e entregar suas comunicações. Esta decisão não foi por acaso”, afirmou.
Repercussões para Baldoni
A publicação do New York Times gerou repercussões negativas imediatas para Baldoni. O ator foi dispensado pela sua agência, a WME, e perdeu um prêmio que havia recebido por seu trabalho na defesa de mulheres e meninas.
O New York Times não comentou o processo até o momento, mas o espaço segue aberto para declarações e novos desenvolvimentos.