“Ainda tenho medo”, diz Emilly Araújo sobre agressão no “BBB: O Documentário”

Campeã do BBB 17 relatou episódios de violência psicológica e física vividos no reality

Divulgação/Globo

História marcada pela dor

Emilly Araújo, campeã do BBB 17, participou do “BBB: O Documentário – Mais que uma Espiada” e se emocionou ao relembrar o relacionamento abusivo com Marcos Harter, expulso do programa por agressão. Durante a entrevista, a ex-BBB relembrou o luto pela morte de sua mãe, ocorrido dez dias antes de sua entrada no reality, e como encontrou em Marcos um apoio inicial que rapidamente evoluiu para um relacionamento.

“Havia uma conexão porque ele me escutava em um momento em que eu não tinha espaço para falar sobre a dor da perda”, disse Emilly. No entanto, o relacionamento logo se transformou em um ambiente de violência emocional.

Relatos de episódios de violência

Emilly detalhou momentos em que se sentiu diminuída e questionou sua autoestima. “Ele me ofendia muito, me diminuía muito. Ele fazia eu tentar duvidar da minha autoestima”, declarou. A ex-BBB também contou que sofreu agressões físicas: “Ele me beliscava porque eu falava alguma coisa que ele não gostava”.

Um dos episódios mais graves relatados foi quando Marcos a pressionou contra a parede e gritou com ela. “Ele pressionou minha cabeça no chão e brigou comigo porque eu não queria dormir com ele à noite”, relatou.

Medo de denunciar

Emilly revelou que optou por não denunciar Marcos devido ao medo de ter de reencontrá-lo. “Eu não denunciei porque achei que teria que vê-lo, ele ia poder tocar em mim de novo. Pra denunciar ele, eu teria que vê-lo no tribunal ou em algum lugar”, afirmou.

A ex-BBB também falou sobre os ataques que recebeu após relatar os episódios de agressão. “Fui muito atacada por ter sido agredida. Como isso é possível? Ainda tenho medo de falar sobre isso”, desabafou.

Repercussão nas redes sociais

O caso gerou grande comoção na época, com discussões sobre violência contra a mulher ganhando força nas redes sociais. Os fãs do programa impulsionaram hashtags como #euviviumrelacionamentoabusivo e #meurelacionamentoabusivo, compartilhando relatos sobre experiências semelhantes.

De acordo com o documentário, a produção do programa procurou Marcos Harter para ouvir sua versão sobre os acontecimentos. No entanto, ele se recusou a conceder entrevista.