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Reality|18 de dezembro de 2024

Banda, som alto e descaso da produção sabotam confraternização final de “A Fazenda 16”

PlayPlus focou show, abafou conversas e basicamente ignorou o reencontro dos finalistas com os eliminados do reality show

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1 Reencontro ou show?
2 Chama o Psiu!
3 Pode piorar?
4 Algo se salva?
5 Repercussão negativa

Reencontro ou show?

A produção de “A Fazenda 16” coroou a sucessão de maldades praticadas contra os assinantes do PlayPlus ao longo da edição com a decepção final: uma festa de confraternização que colocou os participantes para escanteio. Sacha Bali já tinha dado a dica. Minutos antes de se dirigir ao evento, ele apontou que seria um erro colocar uma banda ao vivo no momento de confraternização, onde as conversas seriam mais importantes.

Não deu outra. Uma banda de piseiro com som alto impediu que as conversas fossem ouvidas. Além disso, a edição preferiu focar no show do que nos peões. E o show de Iguinho & Lulinha, Tarcísio do Acordeon e Vitor Fernandes foi longo, com cada um querendo cantar mais hits que o outro. Close em cantor, close em sanfona, close em bateria. E nada de mostrar as conversas dos finalistas com os eliminados. Um bônus de frustração para os assinantes do PlayPlus.

Chama o Psiu!

O reencontro do G4; Luana Targino chorando abraçada em Sacha Bali; Yuri Bonotto e Gui Vieira tirando a limpo histórias com Caue Fantin. O que eles falaram? “Não tem amô-ô-ô” nos alto-falantes da TV. E para irritar mais profundamente, a câmera praticamente não saiu do palco, oferecendo apenas migalhas para quem queria ver os favoritos conviverem com os preteridos.

Só meia dúzia de frases puderam ser escutadas por quem pagou para assistir “A Fazenda 16” no streaming da Record TV. Luana revelou para Yuri e Gui que os espectadores apelidaram o grupo que eles formaram de G4 e que todos eles estão muito bem com o público. Além disso, Zé Love confirmou com Sasha a realização de uma luta de boxe entre os dois, e Larissa Tomásia teve sua esperada DR com Sasha, com metade dos diálogos abafados por bateria estridente, quando a edição não cortou para mostrar os cantores. O resto? “Ôôôô-ôôôô-ôôôô”.

Pode piorar?

O público, que esperou mais de uma hora pelo fim do show, foi “compensado” pela persistência com outro tipo de perturbação sonora: música no talo pelo DJ oficial do programa. Entre uma beat estrondeante e outra, palavras desconexas como “Eu vi”, “Roça” e “Sério” podiam ser ouvidas, sem que nenhuma frase tivesse chance de ser ouvida de forma integral. Para piorar, no lugar dos closes do palco, a imagem ficou estática e fixa na pista de dança, numa exibição sob máscara publicitária, que limitava o enquadramento a apenas um terço da tela no contorno de um celular. Não bastassem esses descasos, as imagens da festa sofreram cortes, com a edição mandando para o ar cenas do quarto vazio da Sede.

Quarenta minutos após o show, a festa foi encerrada com a música tema do programa e corte abrupto para o quarto. Um final adequado para coroar a reta final da pior transmissão de streaming de um reality show na televisão brasileira.

Algo se salva?

Esconder a confraternização com show e música alta ajuda a produção a abafar o que for polêmico – e mais interessante para o público. Na noite de quarta (18/12), a Record TV exibe uma versão picotada e sem impacto do reencontro, que deve incluir muitos momentos do show interminável, já que as câmeras basicamente só focaram nisso, com pouco entretenimento de reality show para quem supostamente sintoniza “A Fazenda” pra ver reality show.

Repercussão negativa

Os internautas ficaram revoltadíssimos com a má vontade e descaso da produção. “Uma festa final com todos os eliminados e finalistas, conversas acontecendo, mas o foco é no que?! Nos cantores.”, reclamou um internauta. “O PlayPlus sempre uma bosta mesmo com 6 sinais e agora invés de mostrar os diálogos da festa só conseguimos ouvir a banda. Se eu quisesse ouvir piseiro eu tava era no YouTube”, apontou outro. Confira abaixo algumas reações.

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Marcel Plasse é jornalista, participou da geração histórica da revista de música Bizz, editou as primeiras graphic novels lançadas no Brasil, criou a revista Set de cinema, foi crítico na Folha, Estadão e Valor Econômico, escreveu na Playboy, assinou colunas na Superinteressante e DVD News, produziu discos indies e é criador e editor do site Pipoca Moderna.