Stephen King abandona X e critica ambiente tóxico da plataforma

Autor de "O Iluminado" e "Carrie, A Estranha" migrou para o Threads e atribuiu a saída ao clima nocivo da rede de Elon Musk

Divulgação/Simon & Schuster Books

Saída após 11 anos de presença na plataforma

O escritor Stephen King, autor renomado de como “O Iluminado”, “It: A Coisa” e “Carrie, A Estranha”, anunciou sua saída do X (antigo Twitter) devido ao que classificou como um ambiente “muito tóxico”. Em sua despedida, o autor convidou os seguidores a acompanhá-lo no Threads, plataforma administrada pela Meta, conglomerado de Mark Zuckerberg.

“Estou saindo do Twitter. Tentei ficar, mas a atmosfera se tornou muito tóxica. Me siga no Threads, se quiser”, declarou King.

O perfil do autor no X acumulava mais de 7 milhões de seguidores, enquanto no Threads ele conta, até agora, com cerca de 244 mil. Na nova rede social, King publicou: “Saí do Twitter. Onze anos, cara. Ele realmente mudou. Ficou obscuro. Estar aqui no Threads é libertador.”

Reação às mudanças no X

Antes de abandonar o X, King também se pronunciou sobre rumores de um suposto banimento da plataforma por Elon Musk. Na quarta-feira (13/11), afirmou: “Vejo que há um rumor circulando de que chamei Musk de ‘nova primeira-dama do Trump’. Não chamei, mas só porque não pensei nisso. Também há um rumor circulando de que Musk me expulsou do Twitter. No entanto, aqui estou eu.”

O autor é crítico conhecido do ex-presidente Donald Trump e de Elon Musk. Após a vitória de Trump nas eleições, King usou o X para expressar indignação: “Há uma placa que pode ser vista em muitas lojas que vendem itens lindos, mas frágeis: bonito de se ver, encantador de segurar, mas quando você quebra, está vendido. O mesmo pode ser dito sobre a democracia.”

Sua decisão de deixar o X é vista como mais um reflexo da polarização política nos EUA e do impacto das mudanças implementadas por Musk na plataforma, que propiciaram a proliferação de discursos de ódio e preconceito. Recentemente, também abandonaram o X o cantor Elton John, que criticou “informações falsas florescendo sem controle”, o ator Jim Carrey, a atriz Jamie Lee Curtis, a atriz e apresentadora Whoopi Goldberg e a produtora Shonda Rhimes, responsável por “Grey’s Anatomy” e “Bridgerton”, citando preocupações semelhantes com a direção da plataforma.

O êxodo também inclui instituições como o jornal The Guardian, com mais de 28 milhões de seguidores no X, e o Festival de Berlim. Em uma nota publicada nesta semana na rede social, o jornal britânico comentou: “A campanha eleitoral presidencial dos EUA serviu apenas para enfatizar o que consideramos há muito tempo: que o X é uma plataforma de mídia tóxica e que seu proprietário, Elon Musk, conseguiu usar sua influência para moldar o discurso político”.

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