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O cantor Marilyn Manson decidiu abandonar o processo de difamação que movia contra Evan Rachel Wood. O acordo, firmado em 19 de novembro, prevê que o músico pague cerca de US$ 327 mil (aproximadamente R$ 2 milhões) para cobrir os honorários advocatícios da atriz de “Westworld”.
Michael J. Kump, advogado de Wood, declarou que o processo iniciado por Manson era uma tentativa de intimidar e desacreditar sua cliente e outras vítimas, que denunciaram os abusos sexuais do cantor. “Marilyn Manson entrou com um processo contra a Sra. Wood como uma jogada de publicidade para tentar minar a credibilidade de suas muitas acusadoras e reviver sua carreira vacilante”, afirmou Kump. Ele também destacou que a desistência de Manson e o pagamento dos honorários “apenas confirmam” que as alegações contra a atriz eram infundadas.
Resposta do músico
Por sua vez, Howard King, advogado de Manson, declarou que o músico decidiu encerrar o processo para encerrar um período conturbado. “Após quatro anos lutando em uma batalha onde ele pôde falar a verdade, Brian {nome verdadeiro de Manson] está satisfeito em desistir de suas reivindicações ainda pendentes e apelar para fechar a porta sobre este capítulo de sua vida”, afirmou.
Histórico de acusações
Evan Rachel Wood foi a primeira mulher a acusar Marilyn Manson de abuso sexual em 2021. Ela teve um relacionamento com o roqueiro em 2007, quando tinha 19 anos e ele, 38. Os dois ficaram noivos em 2010, mas romperam pouco tempo depois.
Em uma postagem nas redes sociais, Wood afirmou: “O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson. Ele começou a me preparar quando eu era adolescente e me abusou horrivelmente por anos. […] Cansei de viver com medo de retaliação, difamação ou chantagem. Estou aqui para expor esse homem perigoso e denunciar as muitas indústrias que o permitiram, antes que ele destrua mais vidas.”
A denúncia abriu as portas para outras mulheres se pronunciarem, revelando barbaridades cometidas pelo cantor. Em meio às acusações, Wood virou documentário, “Phoenix Rising”, que detalha suas experiências como sobrevivente de violência doméstica e sua campanha por justiça. A produção foi lançada em março de 2022 na Max.