Dívida com corretor
O ator Bruno Gagliasso (“Os Quatro da Candelária”) foi notificado extrajudicialmente por um corretor de imóveis que auxiliou a venda de sua mansão para o atleta Paolo Guerrero. Segundo as informações do Notícias da TV, o artista estaria devendo uma comissão estimada em R$ 3 milhões.
A notificação foi emitida por Marco Antônio Pinheiro, que alegou ter iniciado as conversas com Gagliasso em meados de abril. A princípio, o ator queria negociar apenas um campo de futebol anexo à mansão, mas foi aconselhado a vender todo o imóvel, localizado no Rio de Janeiro.
O corretor afirmou ter sido responsável pela captação de possíveis compradores, incluindo o ex-jogador do Flamengo, que demonstrou interesse na compra do imóvel assim que retornasse da Copa América. A competição esportiva encerrou no dia 14 de julho.
Pinheiro anexou conversas que teve com Gagliasso e Guerrero na notificação extrajudicial para comprovar que intermediou uma comunicação entre as partes envolvidas. Contudo, o atleta desistiu de adquirir a propriedade no meio do processo, pouco antes da finalização do negócio.
Transação por fora
A partir daí, o corretor descobriu que a mansão foi anunciada por outra imobiliária e vendida para o jogador peruano. Na ação, a defesa de Pinheiro descreve que a medida foi realizada com o intuito de “chancelar o negócio” e pagar “um valor possivelmente menor” na transação.
“Assim que souberam da identidade das partes, Bruno e Paolo acionaram outro corretor para chancelar o negócio, pagaram um valor possivelmente menor e fecharam o negócio. Basicamente esse é o enredo”, explicou o advogado Kevin de Sousa.
Além disso, a venda da propriedade não foi firmada por escrito, apenas verbalmente entre as partes. O advogado afirmou que se trata de uma prática considerada comum no mercado de corretagem, porém exige a remuneração integral para quem fez a captação do cliente.
“Esse caso se difere, à medida em que ele faz a captação, o convencimento do cliente vendedor e apresentação de ambas as partes, comprador e vendedor. Logo, se o negócio finalizou com terceiro e a captação foi feita pelo Marco e aproximação das partes também, ele tem direito integral à remuneração”, explicou a defesa, reforçando que Pinheiro não pretende levar o caso à Justiça.
“Considerando se tratar de duas figuras públicas e que, bem ou mal, dependem de uma boa reputação, penso que o acordo é o melhor caminho. O que aconteceu com Marco foi aparentemente um ato de má-fé. É o trabalho do corretor, ele ganha a vida fazendo isso, não é de bom tom prejudicar um profissional para obter vantagem pessoal”, encerrou.
Defesa de Gagliasso
Nesta terça (12/11), a assessoria de Bruno Gagliasso se pronunciou sobre o assunto em e-mail enviado para o portal Notícias da TV. A defesa negou que ele esteja devendo ao corretor de imóveis e disse se tratar somente de difamações.
“São inverídicas, infundadas e irresponsáveis as informações de que o nosso cliente deixou de pagar comissão supostamente devida para um corretor de imóveis. A venda do imóvel foi intermediada por outro profissional e o valor inicial da comissão foi pago conforme o contrato. As acusações contrárias são difamatórias e seu autor responderá criminal e civilmente pelas inverdades, além de uma representação ética perante o Conselho Regional de Corretores de Imóveis”, declaram os advogados Mariana Zonenschein e José Luis Oliveira Lima.”
Até agora, a assessoria de Paolo Guerrero não se manifestou sobre o assunto, mas o espaço segue aberto para novas atualizações.