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Divulgação/Washington Olivetto

TV|13 de outubro de 2024

Washington Olivetto, gênio da publicidade, morre aos 73 anos

Criador de campanhas icônicas, como o "Garoto Bombril" e "O Primeiro Sutiã", deixa legado marcante na publicidade brasileira

O publicitário Washington Olivetto, responsável por algumas das campanhas mais memoráveis da propaganda brasileira, faleceu neste domingo (13/10) aos 73 anos, após complicações pulmonares que o mantiveram internado no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, por quase cinco meses. Sua morte foi causada por falência múltipla de órgãos.

Pipoque pelo Texto ocultar
1 Campanhas que marcaram gerações
2 Prêmios e contribuições históricas
3 Trajetória e fundação da W/Brasil
4 Produção literária
5 Sequestro de três meses

Campanhas que marcaram gerações

Olivetto consolidou sua fama por criar campanhas que se tornaram parte do imaginário popular. Entre os trabalhos mais conhecidos estão o comercial do “Garoto Bombril”, criado em 1978 e estrelado por Carlos Moreno, e “O Primeiro Sutiã a Gente Nunca Esquece” (1987) com Patrícia Lucchesi, para a Valisère. Ele também foi responsável por bordões que transcenderam a publicidade, como “Não é assim uma Brastemp”, para a marca de eletrodomésticos, e “É possível contar um monte de mentiras, dizendo só a verdade”, em campanha premiada para o jornal Folha de S. Paulo, além de ter colocado a resistência estudantil contra a ditadura em comercial dos jeans Starout em 1988.

Prêmios e contribuições históricas

Reconhecido internacionalmente, Olivetto acumulou mais de 50 Leões no Festival de Cannes, na categoria Filmes, e é o único latino-americano a receber um Clio em 2001. Em sua carreira de cinco décadas, foi eleito duas vezes Publicitário do Século pela Associação Latino-Americana de Agências de Publicidade (Alap) e introduzido no Hall da Fama do Festival Ibero-Americano de Publicidade (Fiap). Em 2015, foi o primeiro não anglo-saxão a ser admitido no “Creative Hall of Fame” do The One Club.

Trajetória e fundação da W/Brasil

Olivetto iniciou sua carreira na agência HGP, onde foi contratado após um encontro inusitado causado por um pneu furado. Em 1974, na DPZ, conquistou o primeiro Leão de Ouro da publicidade brasileira, abordando o tema do etarismo. Em 1986, fundou a W/Brasil, responsável por campanhas icônicas como o “Casal Unibanco”, o cachorro da Cofap e uma parceria inusitada entre os políticos Paulo Maluf e Leonel Brizola, representando respectivamente o “pé direito” e o “pé esquerdo” da marca de calçados Vulcabrás.

A W/Brasil se tornou pop ao virar nome de música em 1991, um sucesso de Jorge Ben Jor que começava com a saudação “Alô, alô, W Brasil”. Em 2010, a empresa se associou à McCann, transformando-se na W/McCann. Em 2017, Olivetto se mudou para Londres, onde atuou como consultor criativo da McCann Europa até 2019. Na ocasião, o grupo o destacou como um “executivo criativo brasileiro” cuja marca “W” se tornou símbolo de brasilidade.

Produção literária

Sua paixão pela profissão resultou em quatro livros autobiográficos, incluindo “O Que a Vida Me Ensinou” e “Direto de Washington”. Corinthiano fervoroso, Olivetto, que participou ativamente do clube como vice-presidente de marketing e fundador do movimento Democracia Corinthiana, também expressou seu amor pelo time em livros como “Corinthians x Outros” e “Corinthians – É Preto no Branco”. Em 2013, foi homenageado pela Gaviões da Fiel no Carnaval, num desfile que destacou sua contribuição à publicidade e ao clube.

Sequestro de três meses

Nem tudo foram alegrias em sua trajetória. Em 2001, Olivetto foi sequestrado por ex-guerrilheiros argentinos, colombianos e chilenos em São Paulo. Ele passou quase 3 meses em cativeiro, e acabou resgatado após denúncias de vizinhos sobre os barulhos que vinham do local do cativeiro. Foi um dos sequestros que mais causaram apreensão e comoção no Brasil. Os criminosos queriam um resgate de R$ 10 milhões, que nunca foi pago, foram presos e condenados a 16 anos de prisão.

Olivetto deixa a mulher Patrícia Olivetto e três filhos, Homero, Theo e Antônia.

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