Pablo Marçal é notificado por uso indevido de música do Legião Urbana

A notificação extrajudicial foi emitida por Giuliano Manfredini, o filho de Renato Russo (1960-1996)

Divulgação/Legiaourbana.com.br

O produtor Giuliano Manfredini, filho do cantor Renato Russo (1960-1996), enviou uma notificação extrajudicial para o ex-coach Pablo Marçal para impedir o uso da música “Que País É Este?”, do Legião Urbana. As informações foram divulgadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A notificação foi enviada depois que o perfil de Marçal publicou um vídeo usando a canção, sem obter a devida autorização. A postagem foi feita em 7 de outubro, um dia após o primeiro turno da eleição municipal em São Paulo, quando o ex-coach perdeu para Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL).

Na imagem, o ex-candidato à Prefeitura aparece com uma tarja escrita “Sistema” tapando a sua boca, indicando que estaria censurado após ficar fora das votações do segundo turno. “Não iremos nos calar! Pra cima do sistema”, diz a legenda no Instagram.

Perfil falso?

Procurada pela coluna, a assessoria de Pablo Marçal declarou que o perfil em questão não era oficial, pois a conta estaria fora do ar no Instagram. Na véspera do processo eleitoral, a Justiça Eleitoral suspendeu por 48 horas os perfis do ex-coach por divulgação de um laudo falso sobre Guilherme Boulos.

Mas Giuliano Manfredini contestou a versão dada pela assessoria: “Era dele, sim, e foi derrubado como vários outros. Estamos esperando ele responder a notificação e até o momento nada”, afirmou o produtor, mencionando que o uso da canção é um “insulto à memória do seu pai” e “mais uma afronta aos direitos autorais feita pela extrema direita”.

Vale mencionar que os perfis bloqueados pela Justiça foram “pablomarcalporsp” e “spmarcal”, porém o ex-coach informou à corte que seus perfis na rede social eram “pablomarcal1” e “pablomarcalporsp”. A existência de uma terceira conta confirmaria as alegações de Manfredini.

O advogado Leonardo Furtado, que representa o filho de Renato Russo, afirmou que a notificação extrajudicial é uma forma de “marcar uma posição” e evidenciar que Manfredini não autorizará o uso das composições do pai em futuras publicações de Marçal.