O ator francês Michel Blanc faleceu nesta sexta-feira (6/10) aos 72 anos, em um hospital de Paris, após sofrer um ataque cardíaco na noite anterior. O presidente francês Emmanuel Macron prestou homenagem ao artista em sua conta no X (antigo Twitter), afirmando: “Ele nos fez chorar de rir e nos comoveu até as lágrimas. Um monumento do cinema francês, Michel Blanc se foi. Nossos pensamentos estão com seus entes queridos e seus colegas de atuação”.
Início da carreira
Nascido em 16 de abril de 1952, em Courbevoie, Hauts-de-Seine, Blanc inicialmente se interessou pela música clássica antes de se voltar para o teatro. Na década de 1970, cofundou o grupo Le Splendid, ao lado de Christian Clavier, Gérard Jugnot e Thierry Lhermitte, que logo se tornaria referência na comédia francesa.
Papéis mais famosos
Após aparecer em filmes de todos os tipos, Blanc destacou-se numa produção do gênero, “Les Bronzés” (1978), como Jean-Claude Dusse, papel que repetiu em duas sequências de 1979 e 2006, sempre acompanhando turistas de férias.
Todos os três filmes foram dirigidos por Patrice Leconte, que também foi responsável pela consagração dramática do ator no suspense “Um Homem Meio Esquisito” (1989), que rendeu a Blanc uma indicação ao César (o Oscar francês) de Melhor Ator.
Blanc também se destacou na comédia “Meu Marido de Baton” (1986), de Bertrand Blier, que igualmente lhe rendeu indicação ao César, e acabou vencendo o César em 2012 como Melhor Coadjuvante, por “O Exercício do Poder”.
Além da atuação
Além de atuar, Blanc foi roteirista e diretor. Suas primeiras comédias de sucesso, inclusive “Les Bronzés”, foram escritas pelo ator, que venceu um troféu de Melhor Roteiro no Festival de Cannes por “Estressadíssimo” (1995).
“Estressadíssimo” também foi um dos cinco filmes que ele dirigiu, junto com “Marche à l’ombre” (1984), “O Acompanhante” (1999), “Beije Quem Você Quiser” (2002) e “Amantes e Traições” (2018).
Sua versatilidade e talento deixaram uma marca duradoura no cinema francês, influenciando gerações de atores e diretores.