A atriz Maria Zilda Bethlem abriu um processo judicial contra a TV Globo para receber pagamentos mais elevados por reprises de novelas. Recentemente, ela reclamou da “mixaria” paga pela emissora durante a reexibição de “Selva de Pedra” (1986) no ano de 2020, quando recebeu somente R$ 237,40 pelo folhetim.
Segundo as informações da coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, o caso foi apresentado na terça-feira (15/10) na 28ª Vara Cível da Comarca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Até o momento, um juiz ainda não foi designado e a Globo também não foi notificada.
Nos autos do processo, Maria Zilda argumentou que, durante os 40 anos em que foi contratada pela empresa, não houve cláusulas contratuais que determinassem um valor para os direitos de imagem no caso de transmissão das obras em canais pago, como o Viva, ou disponibilidade em serviços de streaming, como o Globoplay.
Argumentos da defesa
A defesa de Maria Zilda entende que os combinados precisam ser revistos, incluindo os valores pagos à atriz nos últimos anos, que foram abaixo da realidade do mercado. A ação também destaca que a Globo não prestou contas dos valores pagos.
A atriz não estipulou um novo valor no processo judicial, mas exigiu que a emissora “reveja os contratos e pague o que for justo”. Contudo, ela já havia dito em live que pretendia ganhar 10% do que recebia na época da gravação da trama.
“Sabe quanto eles me pagaram por toda a novela ‘Selva de Pedra’? Faço questão de dizer: R$ 237,40. Pela lei, a gente ganha 10% de tudo o que ganhou na novela durante um ano. Então, para você ganhar R$ 237, é porque você ganhava isso por mês, então você ganhou durante um ano R$ 2 mil? Você trabalhou dez meses ganhando R$ 200?”, questionou Maria Zilda, na época da reexibição.
Caso a artista obtenha vitória no processo, poderá abrir um precedente para que outros nomes da televisão brasileira entrem com ações para reajustar seus lucros com reexibições.