A cantora Lauryn Hill foi processada na terça-feira (1/10) por um dos fundadores do trio Fugees sob acusações de fraude e quebra contratual, após o cancelamento da turnê de reunião do grupo de hip hop. A ação judicial corre em um tribunal civil de Manhattan, nos Estados Unidos.
No processo, Pras Michel acusou a cantora de fazer uso indevido das finanças do grupo e de assumir o controle unilateral do contrato, principalmente ao negar uma suposta oferta de U$ 5 milhões para se apresentar no festival Coachella. “A razão foi que o ego dela estava ferido, já que o grupo No Doubt receberia o maior faturamento em relação aos Fugees na noite de seu show”, afirma o processo. “Hill nunca contou a Pras sobre a oferta ou que ela a havia rejeitado. Pras só soube disso quando já era tarde demais, depois que Hill, em uma surpreendente demonstração de arrogância, perguntou a Pras se ele concordaria em tocar algumas músicas dos Fugees de graça como banda de abertura para seu filho, YG Marley, que estava escalado para se apresentar no mesmo festival Coachella”, acrescenta o texto.
O rapper americano ainda a criticou por seus “atrasos crônicos” nos shows.
Turnê de 25 anos
Michael também se mostrou revoltado pelo cancelamento da turnê que homenagearia a época gloriosa do trio nos anos 1990. Seu advogado diz que Lauryn “se aproveitou da situação legal difícil de Michel e o manipulou para que assinasse um contrato injusto para a turnê The Fugees 2023”.
Ano passado, Michel foi condenado por um tribunal federal de Washington após se envolver num escândalo de financiamento ilegal de campanha eleitoral nos Estados Unidos por um empresário da Malásia. A defesa utiliza o caso como argumento relevante na ação.
Lauryn Hill considera o processo “sem fundamento, repleto de acusações falsas e de ataques injustiçados”. Neste mês, a cantora fará uma turnê com o grupo “Ms. Lauryn Hill & the Fugees” pela Europa, porém a defesa de Pras Michel informou que ele não participará dos shows.