Justiça decide revisar caso dos Irmãos Menendez após série da Netflix

A Procuradoria deve considerar as alegações de que os crimes ocorreram em legítima defesa

Divulgação/Netflix

A Procuradoria de Los Angeles está revisando o caso dos assassinatos de Jose e Kitty Menendez, que foram cometidos pelos irmãos Menendez. O assunto voltou à pauta judicial depois do lançamento de “Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”, na Netflix.

A informação foi confirmada pelo procurador George Gascón, que está analisando novas evidências para determinar se os irmãos Erik e Lyle devem permanecer em prisão perpétua pelo assassinato dos pais, em 1989. O caso despertou interesse da Justiça após a produção da Netflix considerar as alegações de que os homicídios ocorreram em legítima defesa.

A série criada por Ryan Murphy considerou as acusações de que os irmãos sofreram anos de abuso emocional, físico e sexual. Com a repercussão, as autoridades de Los Angeles passaram a considerar a hipótese de que eles também foram vítimas. Vale reforçar que os argumentos foram desconsiderados pelo sistema judiciário no passado, que sustentaram uma suposta ambição financeira. Na época, jurados conservadores descartaram que um pai pudesse abusar sexualmente filhos homens, mesmo com parentes testemunhando a favor dos jovens.

Apesar da reabertura do caso, Gascón ponderou que a Procuradoria “não está pronta, neste momento, para dizer se acredita ou não na informação”, embora tenha uma “obrigação moral e ética de revisar o que nos está sendo apresentado” pela produção da Netflix.

Novos episódios

Caso haja novidades, o criador de “Monstro” pretende desenvolver novos episódios sobre o caso dos Irmãos Menendez, desde que os atores estejam interessados na produção. “Acho que o que eu me interessaria em fazer, se Nicholas [Alexander Chavez] e Cooper [Koch] concordassem, seria um ou dois episódios para continuar a história”, afirmou o produtor Ryan Murphy, em entrevista à Variety.

“Nós demos a eles o seu momento na corte da opinião pública. Basicamente, demos uma plataforma [para se pronunciarem]. Eu acho que eles podem estar livres da prisão antes do Natal. Eu realmente acredito nisso”, avaliou o criador da série.