Gusttavo Lima afirmou, durante uma live realizada na segunda-feira (30/9), que não deve mais aceitar convites para shows promovidos por prefeituras, apesar de, segundo ele, cobrar um “preço especial” para esses eventos. A declaração ocorre em meio às acusações que o cantor vem enfrentando na Justiça e à polêmica sobre o valor de suas apresentações em cidades pequenas.
No mesmo dia em que foi alvo da Operação Integration — investigação que apura crimes envolvendo jogos de azar, lavagem de dinheiro e ocultação de bens —, Gusttavo havia sido contratado por R$ 1,1 milhão para se apresentar na Festa do Padroeiro, em Petrolândia (PE). A cidade, com aproximadamente 37 mil habitantes, foi o centro de críticas que questionaram o alto custo da apresentação, financiada com dinheiro público.
Justificativa e críticas
O sertanejo se desculpou com os fãs pernambucanos e disse que o veto aos shows em prefeituras será uma resposta às críticas. “De uns dois anos para cá é toda hora: ‘Gusttavo Lima faz show de prefeitura’. E, outra coisa, são os shows mais baratos do Gusttavo Lima. A gente faz um preço especial para ter acesso aos nossos fãs”, afirmou o cantor, ao mencionar que esses eventos geram economia para os contratantes. No entanto, ele declarou que a partir de agora sua equipe não aceitará mais esses convites. “Se é isso que fica espetando o Gusttavo, então não vai ter mais”, concluiu.
Histórico de investigações
Em 2022, Gusttavo Lima se viu no centro de diversas investigações em vários estados, como Minas Gerais, Bahia, Ceará e Rio de Janeiro, após ser contratado por prefeituras com cachês milionários. O Ministério Público buscava verificar possíveis irregularidades nos contratos que, em muitos casos, superavam a marca de R$ 1 milhão, especialmente em cidades de menor porte no Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Essas investigações reacenderam o debate sobre o uso de verbas públicas para financiar eventos artísticos de grande porte em localidades com menores recursos financeiros, levantando questões sobre prioridades de gestão e alocação de recursos.