A atriz Bethany Joy Lenz, conhecida pelo papel de Haley James no sucesso teen “One Tree Hill” (“Lances da Vida” na TV aberta), revelou à revista People que viveu quase dez anos em uma seita evangélica enquanto gravava a série. A atriz contou que o grupo controlava sua vida pessoal e carreira, incluindo decisões financeiras e relacionamentos, e como conseguiu romper com a seita em 2012, após uma década de envolvimento.
Controle e manipulação na carreira e vida pessoal
Ainda durante as gavações de “One Tree Hill”, Bethany entrou para um pequeno grupo cristão em Idaho, sob a influência de um pastor que passou a administrar aspectos de sua vida, incluindo sua conta bancária. A atriz, criada em uma família evangélica, explicou que a busca por pertencimento a levou a criar laços rápidos com o grupo. “Nós buscamos esse tipo de intimidade”, disse. Segundo Bethany, o grupo encorajava um isolamento, com amigos limitados ao círculo da seita e até um casamento dentro do grupo.
Alertas ignorados e conflitos com colegas de elenco
Colegas de “One Tree Hill” estranharam o crescente envolvimento de Bethany com o grupo, entre eles Craig Sheffer, que chegou a alertá-la sobre o caráter da seita. “Eu dizia: ‘Não, seitas têm pessoas em robes dizendo coisas loucas e bebendo… Não é isso o que fazemos’”, lembrou a atriz. Apesar das advertências, ela manteve-se no grupo por anos, até perceber que sua vida estava totalmente condicionada às regras da seita.
Superação e publicação da experiência
Bethany deixou os evangélicos em 2012, pouco depois do nascimento de sua filha, e decidiu se abrir sobre a experiência para ajudar outras pessoas. “Viver em silêncio com o sofrimento que eu vivi não sei se isso ajuda alguém”, explicou.
A experiência completa será abordada em sua autobiografia, “Dinner For Vampires”, com lançamento previsto para o final de outubro.