Twitter cai novamente no Brasil

Após breve período de operação nesta terça, a plataforma voltou a ser bloqueada no país

Unsplash/Alexander Shatov

O X (antigo Twitter) voltou a cair após retornar sem restrições nesta terça (3/9) no Brasil. Diversos internautas tinham sido pegos de surpresa com a volta da plataforma, sem aviso prévio. Pela situação inusitada, os usuários brasileiros ficaram preocupados por estarem acessando o X/Twitter em meio ao bloqueio e deixaram claro que não usavam VPN, método proibido pelo STF com multas de R$ 50 mil por infração.

Bloqueio furado?

A volta e queda repentina do X/Twitter aconteceu no momento em que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a analisar a abertura de processos administrativos contra as operadoras de internet que não cumpriram a ordem judicial de bloquear o serviço. Até então, o acesso à rede social continuava ativo por meio da rede da Starlink — operadora de internet por satélite fundada pelo empresário Elon Musk, mesmo dono do X —, bem como por uma parte dos provedores regionais de banda larga no interior do País.

As principais operadoras do país – Vivo, Claro, Tim e Oi – cumpriram imediatamente a orientação de bloqueio, tirando a plataforma do ar na madrugada de sábado (31/8). Entretanto, este bloqueio foi aparentemente erguido ou furado por iniciativa de terceiros.

A sanção por descumprimento da ordem judicial pode variar de advertência e multa até a cassação da outorga para prestação do serviço, conforme previsto na legislação do setor. O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou que o processo será analisado caso a caso, sem “correria” e com o respeito ao amplo direito de defesa pelas companhias.

Equipes da Anatel em campo

As equipes técnicas da Anatel estão indo a campo nesta terça (3/9) verificar se as operadoras de internet cumpriram a ordem judicial de bloquear o acesso ao X e um relatório será encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF, com a indicação das empresas que não atenderam à determinação.

Segundo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, a prioridade das equipes técnicas será checar a situação das grandes redes, isto é, aquelas com o maior número de acessos à internet. Todas as empresas, porém, serão fiscalizadas.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 20 mil operadoras de banda larga e 30 provedores de internet móvel, segundo dados da própria Anatel.