Sean “Diddy” Combs é preso por agressão sexual em Nova York

O rapper acumula uma série de processos por abusos nos tribunais federais dos Estados Unidos

Instagram/Diddy

O rapper Sean “Diddy” Combs, que acumula processos por tráfico e agressão sexual, foi preso na noite de segunda-feira (16/9) no saguão do hotel Park Hyatt, localizado em Manhattan, em Nova York. As informações foram reveladas por um tribunal federal dos Estados Unidos.

Em comunicado, o Promotor do Distrito Sul de Nova York disse que a prisão de Diddy ocorreu graças a uma acusação apresentada por seu gabinete. Ele foi preso devido a um “padrão generalizado de abuso” que incluía agredir e arranjar encontros sexuais forçados com mulheres.

Por décadas, Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar sua conduta”, declarou a acusação, que considera a gravadora Bad Boy Entertainment e vários outros negócios do magnata como uma organização criminosa, que supostamente ajudou e ocultar seus crimes. Os promotores alegaram que os negócios eram meios pelos quais Combs se envolvia em crimes.

“Para executar essa conduta, Sean Combs liderou e participou de uma conspiração de extorsão que usou o império empresarial que ele controlava para realizar atividades criminosas, incluindo tráfico sexual, trabalho forçado, sequestro, incêndio criminoso, suborno e obstrução da justiça”, disse Damian Williams, o procurador responsável pelas acusações, em uma entrevista coletiva nesta terça (17/9).

Defesa do rapper

Já o advogado do rapper, Marc Agnifilo, afirmou à imprensa que seu cliente é “uma pessoa imperfeita, mas não é um criminoso”. Ele disse que Diddy se declarará inocente das acusações de extorsão, tráfico sexual e transporte para se envolver em prostituição. A defesa também declarou que Diddy tem sido cooperativo com as investigações criminais e que “se mudou voluntariamente para Nova York” em antecipação às acusações de violência.

“Estamos decepcionados com a decisão [da Justiça] de prosseguir com o que acreditamos ser um processo injusto contra o Sr. Combs pelo gabinete do procurador dos Estados Unidos”, acrescentou Agnifilo. “[O rapper] é um ícone da música, empreendedor independente, um amoroso homem de família e um filantropo comprovado que passou seus últimos 30 anos construindo um império, adorando seus filhos e trabalhando para elevar a comunidade negra”.

O rapper opera um negócio global nas indústrias de mídia, entretenimento e estilo de vida, incluindo gravadoras, um estúdio de gravação, linha de vestuário, negócios de bebidas alcoólicas, agência de marketing e uma rede de TV. Várias dessas empresas foram nomeadas no processo judicial e acusadas de auxiliar seus crimes.

Mais detalhes

Diddy foi acusado pela primeira vez de violência sexual em novembro de 2023, quando a cantora Cassie Ventura registrou uma denúncia contra o ex-namorado. Desde então, ele vem sendo denunciado por agressão e condutas impróprias contras vários homens e mulheres. Ele também virou alvo de uma investigação criminal federal em Nova York.

Embora Diddy tenha negado todas as acusações, ele admitiu ter vivido um relacionamento abusivo com Ventura. Contudo, a confissão só ocorreu depois que surgiram imagens de câmeras de segurança dele agredindo a ex-companheira em um hotel de Los Angeles.

No mês passado, o rapper ainda tentou rejeitar um processo de agressão sexual e tráfico de seu antigo produtor musical, Lil Rod.

A situação de Diddy se agravou ainda mais na semana passada, quando a cantora Dawn Richard entrou com uma ação judicial contra o rapper, alegando ter sido mais uma vítima de abuso de poder e agressão sexual do magnata do hip hop.