Um tribunal do estado de Michigan emitiu uma sentença de US$ 100 milhões contra Sean “Diddy” Combs, em mais um desdobramento das acusações de má conduta sexual enfrentadas pelo produtor nos últimos meses. A decisão judicial foi tomada em favor de Derrick Lee Cardello-Smith, preso de 51 anos conhecido por processar repetidamente o sistema judicial. Diddy foi julgado e condenado à revelia, sem se manifestar no processo.
Detalhes da ação
A sentença, que foi proferida na segunda-feira (9/12) por um juiz da Corte do Condado de Lenawee, estabelece um cronograma de pagamentos no valor de US$ 10 milhões mensais, a partir de 1º de outubro. O processo alega que Combs teria drogado e abusado sexualmente de Cardello-Smith em 1997, durante uma festa em Detroit.
Cardello-Smith afirma ter encontrado Combs enquanto trabalhava em um restaurante da região e, posteriormente, teria participado de um encontro com mulheres em uma festa. Segundo ele, em determinado momento, sentiu uma mão masculina tocá-lo, o que ele atribui a Combs. Em seguida, ele diz que o cantor lhe ofereceu uma bebida, que estava adulterada, e o fez desmaiar. Quando acordou, afirmou ter visto Combs mantendo relações sexuais com uma mulher, momento em que o artista teria dito: “Eu fiz isso com você também.”
Defesa e contestação
O advogado de Combs, Marc Agnifilo, criticou duramente a decisão judicial e as alegações de Cardello-Smith. “Este homem é um criminoso condenado por 14 acusações de agressão sexual e sequestro nos últimos 26 anos. Agora, de dentro da prisão, está cometendo uma fraude contra o tribunal. O Sr. Combs nunca ouviu falar dele, tampouco foi notificado sobre qualquer processo”, disse Agnifilo. A defesa do rapper ainda afirma que os documentos do processo foram enviados para um endereço desatualizado, o que teria impedido o conhecimento da ação por parte da equipe jurídica do artista.
Histórico de alegações
Embora Combs negue a maioria das acusações de má conduta sexual contra ele, em junho, o produtor admitiu ter agredido sua ex-namorada Cassie Ventura. O incidente, que ocorreu em 2016 e foi gravado em vídeo, foi divulgado na mídia, levando Combs a pedir desculpas, afirmando que estava “fora de si”.