Sacha Bali deixou os colegas de “A Fazenda 16” surpresos ao compartilhar detalhes sobre a trajetória de sua família durante a 2ª Guerra Mundial. Em uma conversa com outros peões, o ator revelou que sua avó sobreviveu ao Holocausto e que seu avô fez parte de uma guerrilha que lutava contra nazistas, traçando um paralelo com o filme “Bastardos Inglórios” (2009), dirigido por Quentin Tarantino.
Sobrevivência ao Holocausto
“Minha avó era judia. Mataram o pai e a mãe dela na frente dela. Mataram sete dos irmãos dela, e ela foi escolhida pelos pais para sobreviver. É uma história muito doida”, contou Sacha. Ele explicou que sua avó foi levada para um campo de concentração e, após o fim da guerra, conseguiu escapar para a Inglaterra em busca de parentes.
Comparação com “Bastardos Inglórios”
Sacha revelou que seu avô lutava em uma guerrilha que atacava nazistas durante a guerra. “Sabe aquele filme ‘Bastardos Inglórios’? Ele era ‘bastardo inglório’, mano. Ele ficava de guerrilha, matando nazista no mato”, relatou o peão. Jakub Szerman realmente foi um partizan e lutou contra os nazistas na Polônia e em parte da União Soviética.
Vida cinematográfica
O ator contou que sua avó e avô se casaram na Inglaterra, onde nasceu seu pai, John Howard Szerman, antes da família se mudar para o Brasil. Eles migraram para o país quando descobriram que tinham uma parente viva no Rio.
Sacha também contou que os pais fizeram cinema no Brasil. Ele citou que pai era operador de câmera e a mãe sonoplasta (e posteriormente editora), e os dois trabalharam no último filme de Glauber Rocha, “A Idade da Terra” (1980). Além disso, o pai de Sacha dirigiu “Assim Falava Zaratustra”, uma adaptação do livro de Nietzsche com duração de 635 minutos. Como ator, Szerman trabalhou na peça clássica “Roda Viva” e depois com o Grupo Oficina. E ainda foi fotógrafo de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Jorge Ben Jor, entre outros.
John Howard Szerman foi preso e torturado durante a ditadura militar brasileira, teve seu melhor amigo assassinado e fugiu para a Inglaterra durante os anos 1960, onde documentou Caetano e Gil no exílio.