A cantora Pocah, conhecida nacionalmente por sua trajetória no funk, revelou detalhes chocantes de sua experiência com violência doméstica nesta terça (3/9). Em entrevista ao UOL, a artista relatou que as agressões sofridas em um relacionamento abusivo quase resultaram na perda de sua visão.
Relato de violência
Pocah contou que viveu anos em um relacionamento marcado por agressões físicas e emocionais. “Eu gritava dizendo que estava cega e que queria ir ao hospital. Essa pessoa me levou, mas eu só ouvia outros dizendo para não me levar, caso contrário, ele seria preso”, revelou a cantora, destacando o momento crítico em que quase perdeu a visão.
Decisão de ruptura
Após essa última agressão, Pocah decidiu que não poderia continuar naquela situação. “Ali, eu falei: ‘não posso voltar para essa casa nunca mais’. Só queria minha mãe e minha filha naquele momento. Não podia morrer, nem criar uma criança no meio daquilo”, afirmou a artista, que também revelou ter enfrentado uma depressão profunda durante esse período.
Disco autobiográfico
A história de superação de Pocah é narrada em “Livramento”, uma das faixas de seu novo disco, “Cria de Caxias”, que também chega nas plataformas musicais nesta terça-feira (3) às 21h. A música chega com tom de alerta. Ela não quer que outras mulheres passem pelo mesmo que ela vivenciou. “Jamais desejo a outra mulher ter os relacionamentos que já vivi. Nenhuma mulher merece se sentir roubada, invadida e humilhada… Eu me olhava no espelho e não me reconhecia”
O álbum “Cria de Caxias” reflete as diversas fases da vida de Viviane de Queiroz Pereira, nome verdadeiro da cantora, abordando tanto as “belezas e as dores” de sua trajetória. Dividido em três atos, o disco explora as personas MC Pocahontas, Pocah e Viviane, cada uma representando diferentes momentos de sua carreira e vida pessoal.
Estreia no Rock in Rio
Pocah também se prepara para sua estreia no Rock in Rio, onde se apresentará no Espaço Favela em 20 de setembro. Sobre essa oportunidade, a cantora expressou sua empolgação: “Primeira vez num festival de grande porte, vou levar o ‘Cria de Caxias’, me sinto honrada, esperei por muito tempo. Vou fazer jus a minha oportunidade.”
