A reunião das bandas dos anos 1990 Pato Fu e Penélope rendeu um show histórico no Rock in Rio. Com repertório escolhido a dedo, as duas bandas fizeram uma das apresentações mais representativas dos 40 anos do festival, com direito a homenagem à Rita Lee e ao próprio Rock in Rio. Foi um show digno de headliner, mas do festival paulistano Primavera Sound.
Neste sábado (14/9), o som indie delicado foi programado como simples aquecimento no evento carioca, abrindo o Palco Sunset no começo da tarde, diante de um público reduzido e disperso – e antes de estrangeiros menos conhecidos, como a ex-reality musical Zara Larsson, preenchendo espaço no Palco Mundo, e o blueseiro Christone “Kingfish” Ingram, deslocado no próprio Sunset. Ignorando o “escanteio” e o sol de 40 graus, as bandas, representadas ao microfone por Fernanda Takai e Érika Martins, fizeram uma apresentação emocionada, diante de fãs nichados que sabiam as músicas de cor.
O setlist incluiu uma performance acústica de “Ovelha Negra”, de Rita Lee, tocada ao violão por Fernanda, e várias inteirações das duas bandas, que se alternaram, mas também tocaram juntas no palco diversos hits dos anos 1990, como “Eu”, “Perdendo os Dentes”, “Sobre o Tempo” e “Made in Japan” (com direito ao refrão da “Rádio Capetão”), do Pato Fu, e “Namorinho de Portão”, “Holiday” e “Filme da Alma”, de Penélope.
O final foi com “Private Idaho”, da banda americana B-52’s, que se apresentou na edição original do Rock in Rio em 1985, fazendo a primeira ligação do evento com sua História, após a ruptura monótona do modismo trap na sexta-feira (13/9).