O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão incluiu, entre os motivos da recusa do novo habeas corpus de Deolane Bezerra, a acusação de que a família da advogada estaria pagando fãs para ficarem na porta da Colônia Penal Feminina de Recife, onde ela estava detida.
“Vejo, especialmente, como gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso, que procura apurar condutas que podem estar na base de crimes de gigantesca monta contra o Estado e a sociedade”, declarou Maranhão, dizendo que a situação teria mais dificuldade de se repetir na penitenciaria afastada de Buíque, em Pernambuco.
“O financiamento de manifestantes, por iniciativa de familiares da paciente [Deolane], para se aglomerarem diante da Colônia Penal Feminina do Recife (Bom Pastor) e realizarem protesto, demonstra a total inconveniência da permanência da paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque”, completou.
Dois lados da história
Diante da acusação, Daniele Bezerra negou ter financiado os protestos realizados pelos fãs em frente ao presídio onde a irmã estava detida. A advogada também comentou uma cena que teve forte repercussão na internet, no qual sua irmã, Dayanne Bezerra, entrega dinheiro para uma mulher no local.
“Não fizemos isso. Houve apenas uma situação que uma moça disse que estava lá há quatro dias e com muita fome, queria ir embora e não tinha como comer”, declarou Daniele, em mensagem enviada diretamente ao jornalista Leo Dias.
“Por questão de humanidade e de uma única pessoa que se dizia morrendo de fome, a Dayanne deu R$ 300 para ela comer e ir embora! Nós sequer chegamos a ir para a nova penitenciária que a Deolane está e já há diversas pessoas lá”, alegou.