A Justiça de Pernambuco decidiu manter a prisão preventiva de Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Alves Bezerra, durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (5/9). A sessão foi realizada por videoconferência a partir da Colônia Penal Feminina do Recife. Deolane foi presa na quarta-feira (4/9) durante a terceira fase da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
A defesa de Deolane fez um pedido de habeas corpus, alegando ilegalidade da prisão preventiva, mas o desembargador Cláudio Jean Nogueira Virgínio, da 12ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), determinou a redistribuição do pedido para o desembargador Eduardo Maranhão, da 4ª Câmara, para que ele faça a análise, reforçando a decisão de manter a detenção.
Esquema de segurança reforçado
Após a prisão, a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco reforçou o esquema de segurança na penitenciária para proteger a integridade física de Deolane e sua mãe, que estão em uma cela reservada. Na noite anterior, colchões e ventiladores foram entregues na unidade. As irmãs de Deolane, Dayanne e Daniele, tentaram visitá-las, mas foram impedidas de entrar por estarem fora do horário de visitas.
Operação Integration
Na mesma audiência de custódia, também foi determinada a manutenção da prisão de Maria Bernadette Pedrosa Campos. De acordo com documentos que a TV Globo teve acesso, ela é mãe de Eduardo Pedrosa Campos, sócio de uma corretora de seguros que também é investigado pela operação.
A Operação Integration, que resultou nas prisões, investiga um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 3 bilhões entre 2019 e 2023. A rede criminosa utilizava empresas de eventos, casas de câmbio e transações financeiras para ocultar os recursos. Foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em seis estados. Entre os bens apreendidos estão helicópteros, aviões, veículos de luxo, joias e imóveis.