A influenciadora Deolane Bezerra foi presa novamente nesta terça-feira (10/9) após violar uma medida cautelar imposta pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que proibia manifestações públicas à imprensa e nas redes sociais. Pelo descumprimento da cautelar, a justiça decidiu transferi-la para a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Sertão do estado, a mais de 280 km de Recife.
Motivo da transferência
A juíza Andréa Calado da Cruz, responsável pela decisão, afirmou que o presídio, por estar situado no interior, preserva a “paz pública” e oferece condições que “podem contribuir para a estabilidade da situação e para o bom andamento do processo, longe da influência direta dos centros urbanos”.
Em outras palavras, a transferência tem o objetivo de evitar as aglomerações de fãs da ex-Fazenda. Desde a última quarta-feira (4/9), quando Deolane e sua mãe, Solange Alves, foram presas em uma operação contra um suposto esquema de lavagem de dinheiro ligado a jogos de azar, admiradores da influenciadora passaram a protestar na porta do presídio, exigindo que ela fosse solta.
Na segunda (9/9), quando Deolane conseguiu a mudança de regime para a prisão domiciliar, os fãs soltaram fogos e fizeram uma comemoração barulhenta, o que teria incomodado as outras detentas.
Segundo a juíza, “é fundamental considerar a importância da tranquilidade das demais presas”. “A presença da investigada em uma unidade prisional que possa oferecer um ambiente mais isolado e controlado é essencial para evitar perturbações e garantir a segurança e o bem-estar das outras detentas”, justificou a migistrada.
Descumprimento de medida cautelar
Deolane havia sido solta na segunda-feira (9/9) após obter prisão domiciliar, mas voltou a ser detida cerca de 24 horas depois por descumprir a determinação judicial que proibia manifestações públicas. O Tribunal de Justiça de Pernambuco emitiu uma nota oficial, declarando: “A investigada Deolane Bezerra Santos teve sua prisão preventiva decretada por descumprimento de medida cautelar estabelecida em acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, nesta terça-feira (10/9), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano”.
Os autos do processo permanecem em sigilo. Segundo o TJPE, “Os autos permanecem em sigilo para proteger a intimidade dos demais investigados. Qualquer manifestação relacionada ao caso será feita exclusivamente nos autos e acessível apenas às partes envolvidas”.