Gusttavo Lima realizou uma live nesta segunda-feira (30/10) para se manifestar sobre a Operação Integration, na qual é acusado de participar de uma organização criminosa que teria movimentado R$ 3 bilhões em jogos de azar on-line e lavagem de dinheiro. O cantor, que teve sua prisão preventiva decretada e posteriormente revogada pela Justiça de Pernambuco, afirmou ser alvo de mentiras e desinformação.
Defesa pública
A transmissão foi feita dos Estados Unidos, onde Gusttavo Lima se refugia durante a investigação. Ele iniciou sua defesa afirmando: “Eu não sou bandido. Fui surpreendido com tantas mentiras, suposições e fake news.” O cantor também demonstrou confiança de que o processo será encerrado em breve: “Isso vai acabar o mais breve possível.”
Ao lado de seu advogado, Cláudio Bessas, Gusttavo esclareceu as acusações envolvendo a compra de um jatinho, uma das principais razões da investigação. A aeronave, que teria sido vendida duas vezes para pessoas investigadas, foi um ponto central da live. Lima explicou que o avião pertencia à sua produtora, a Balada Eventos, e apresentou documentos que, segundo ele, provam a legalidade da venda: “Comprar um avião não é como comprar um carro. Mas eu sempre estive à disposição da Justiça”, completou.
Envolvimento com a Vai de Bet
Outro ponto levantado durante a live foi sua suposta ligação com a empresa de apostas on-line Vai de Bet, que também é investigada. Gusttavo Lima negou ser sócio da empresa, afirmando que atua apenas como garoto-propaganda. “Negativo, doutor, não sou sócio da Vai de Bet. Sou funcionário, dono de 25% em uma possível venda”, disse, esclarecendo que seu contrato com a empresa não o inclui como proprietário. Ele ainda elogiou a proposta do governo federal de regulamentar os jogos de aposta on-line: “Me enche de alegria saber que vai ser regulamentado.”
Histórico do caso
A Operação Integration foi deflagrada em outubro de 2023 e investiga um esquema de movimentação financeira envolvendo jogos de azar e ocultação de bens. A Justiça de Pernambuco chegou a decretar a prisão preventiva de Gusttavo Lima na segunda-feira passada (23/9), mas a ordem foi revogada no dia seguinte. No entanto, o cantor continua sendo investigado como suposto integrante de uma organização criminosa, que teria lavado bilhões de reais.
Em seu último show, realizado em Marabá (PA) na sexta-feira (27/9), Gusttavo fez um breve discurso sobre honestidade, sem citar diretamente a operação: “Faça o certo, porque o errado todo mundo faz. Sejam honestos e justos, para que, quando tudo parecer desmoronar, só a sua honestidade possa te salvar.”
