Estreias | Séries com Julianne Moore e Nicole Kidman são destaques do streaming na semana

"Mary & George" na Globoplay e "O Casal Perfeito" na Netflix encabeçam o Top 10 semanal, que ainda inclui filmes recém-saídos do cinema

Divulgação/Starz

A programação de streaming destaca duas séries com grandes atrizes: “Mary & George” com Julianne Moore e “O Casal Perfeito” com Nicole Kidman, ambas vivendo vilãs ao estilo das melhores novelas. A lista também traz o final de “My Brillant Friend” e nova missão de “Slow Horses”, além de dois filmes que estiveram recentemente no cinema, um anime elogiadíssimo, a versão estendida de “Napoleão” e um thriller de ação inédito da Netflix. Confira as 10 principais novidades da semana.

 

SÉRIES

 

MARY & GEORGE | GLOBOPLAY

 

O drama histórico narra a ambiciosa jornada de Mary Villiers, Condessa de Buckingham, e seu filho George Villiers. A narrativa de tom ácido e irônico se passa na Inglaterra do século 17 e reflete a ascensão de Lady Mary, interpretada por Julianne Moore (“Segredos de um Escândalo”), enquanto ela molda seu filho para seduzir o Rei James I e consolidar seu poder na corte britânica. George, vivido por Nicholas Galitzine (“Uma Ideia de Você”), é bem sucedido em sua missão e inicia um relacionamento com o rei, mas à medida que ele sobe na hierarquia, as tensões entre mãe e filho começam a aumentar, culminando em uma batalha de poder entre os dois.

O elenco conta ainda com Tony Curran (“Defiance”), que interpreta o Rei James I, e Nicola Walker (“Spooks”), no papel de Lady Hatton. A série, criada por D.C. Moore (roteirista de “Killing Eve”), é baseada no livro “The King’s Assassin” de Benjamin Woolley e se tornou um grande sucesso de crítica quando exibida nos Estados Unidos, atingindo 96% de aprovação no Rotten Tomatoes. Já disponível.

 

O CASAL PERFEITO | NETFLIX

 

A minissérie de suspense traz Nicole Kidman (“Expatriadas”) como Greer Garrison Winbury, uma escritora famosa de mistérios, que com o marido Tag Winbury (Liev Schreiber, de “Ray Donovan”) forma uma família aparentemente perfeita em Nantucket, ilha conhecida como destino de milionários nos Estados Unidos. Na trama, o casal recepciona diversos convidados em sua mansão à beira-mar, porque seu filho Benji Winbury (Billy Howle, de “Legítimo Rei”) está prestes a se casar com Amelia Sacks (Eve Hewson, de “Robin Hood: A Origem”) em um casamento luxuoso financiado pela futura sogra. No entanto, antes da celebração, um corpo é encontrado na praia. Inicialmente considerado um afogamento acidental, a investigação revela suspeita de assassinato e elementos dignos de um dos romances de mistério de Greer. A trama se complica à medida que segredos familiares começam a emergir.

O suspense novelesco, que diverte com abordagem de humor irônico, é adaptação de um livro de Elin Hilderbrand, com roteiro de Jenna Lamia (“O Exorcismo da Minha Melhor Amiga”) e direção da dinamarquesa Susanne Bier, cineasta de “Bird Box” (2018) e vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional por “Em Um Mundo Melhor” (2010). O elenco também conta com Meghann Fahy (“The White Lotus”), Ishaan Khattar (“Dhadak”), Jack Reynor (“Midsommar”), Sam Nivola (“White Noise”), Mia Isaac (“Not Okay”), Donna Lynne Champlin (“Crazy Ex-Girlfriend”) e a estrela francesa Isabelle Adjani (“Camille Claudel”). Estreia nesta quinta (5/9).

 

SLOW HORSES 4 | APPLE TV+

 

Conhecida por seu humor ácido e abordagem realista do mundo da espionagem, “Slow Horses” é aclamada pela crítica, mantendo o mesmo padrão elevado desde sua estreia​. A 4ª temporada continua a explorar o universo sombrio e cheio de intrigas do MI5, com o retorno de Gary Oldman no papel do excêntrico e mal-humorado Jackson Lamb. Baseada no quarto livro da franquia “Slough House” de Mick Herron, intitulado “Spook Street”, a nova temporada começa com uma explosão em um shopping que desenterra segredos pessoais e abala as fundações já instáveis do departamento menos prestigiado da agência britânica de espionagem.

Nesta temporada, o foco está em uma trama envolvendo terrorismo, onde o novo vilão, interpretado por Hugo Weaving (“Matrix”), ameaça a segurança nacional. A equipe de agentes renegados de Lamb deve lidar com as consequências dessa ameaça, ao mesmo tempo que confrontam seus próprios demônios internos e passados complicados, colocando seus relacionamentos à prova. Já disponível.

 

O AMOR MORA AO LADO | NETFLIX

 

A comédia romântica sul-coreana explora a dinâmica entre dois amigos de infância que se reencontram após anos separados. A trama acompanha Bae Seok-ryu (Jung So-min, de “Alquimia das Almas”), uma mulher que retorna para sua cidade natal após uma carreira de sucesso no exterior, e Choi Seung-hyo (Jung Hae-in, de “Snowdrop”), agora um arquiteto de destaque. Os dois personagens têm uma relação complexa, marcada por rixas do passado e pela tensão entre suas personalidades completamente opostas. Desde crianças, Seung-hyo sempre implicando com Seok-ryu, o que dá o tom de suas interações mesmo na vida adulta, tornando a convivência entre eles repleta de momentos cômicos, mas também com um toque de nostalgia e romance.

O humor da série vem justamente dessa constante irritação mútua, enquanto o romance vai se desenvolvendo de maneira sutil, à medida que ambos confrontam suas diferenças e começam a perceber sentimentos que haviam sido suprimidos ao longo dos anos. A série também aborda temas como a pressão familiar e a busca de Seok-ryu por um novo propósito de vida, enquanto Seung-hyo, inicialmente desconcertado pelo retorno dela, começa a repensar suas próprias escolhas.

A série foi criada por Shin Ha-eun e conta com direção de Yoo Je-won, ambos do sucesso “Hometown Cha-Cha-Cha”. Já disponível.

 

FILMES

 

TWISTERS | VOD*

 

A atualização do clássico filme de catástrofe “Twister” (1996) marca a estreia de Lee Isaac Chung, conhecido por seu trabalho aclamado em “Minari” (2020), no gênero de ação. Grande sucesso dos anos 1990, o filme original trazia Helen Hunt e Bill Paxton como dois “caçadores de tempestades” (e também um ex-casal) que se juntavam para perseguir tornados — a intenção era implementar um sistema avançado de alerta climático, que só funcionava se colocado no caminho de tempestades devastadoras. O longa foi dirigido pelo holandês Jan de Bont logo depois do blockbuster “Velocidade Máxima” (1994) e seu roteiro foi assinado pelo autor de best-sellers Michael Crichton, que teve vários sucessos literários levados para as telas, entre eles “Jurassic Park” e “Westworld”.

A sequência volta a trazer um casal de protagonistas, uma pesquisadora e um “domador” de tempestades, que desta vez são “rivais”. Daisy Edgar-Jones (“Um Lugar Bem Longe Daqui”) vive uma ex-caçadora de tornados traumatizada, que estuda padrões de tempestades nas telas, em segurança e na cidade de Nova York. Ela é atraída de volta às planícies pelo amigo interpretado por Anthony Ramos (“Transformers: O Despertar das Feras”), para testar um novo sistema revolucionário de rastreamento, e acaba cruzando seu caminho com o personagem de Glen Powell (“Top Gun: Maverick”), um influenciador que se diverte postando suas aventuras de caça a tempestades nas redes sociais. À medida que a temporada de temporais se intensifica, fenômenos aterrorizantes nunca antes vistos são desencadeados e as equipes concorrentes se veem diretamente no caminho de múltiplos tornados, que convergem sobre o centro de Oklahoma, colocando-os em fuga e em luta por suas vidas.

Com bons efeitos que colocam os protagonistas em meio a tempestades brutais, a produção oferece uma experiência eletrizante e visualmente impactante, que se provou um sucesso de bilheteira – US$ 361 milhões mundiais. O elenco ainda traz Kiernan Shipka (“O Mundo Sombrio de Sabrina”), David Corenswet (o novo Superman, visto recentemente em “Pearl”), Daryl McCormack (“Peaky Blinders”), Sasha Lane (“Utopia”), Maura Tierney (“The Affair”) e Katy O’Brian (“Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”).

 

REBEL RIDGE | NETFLIX

 

O novo thriller de ação de Jeremy Saulnier, conhecido por suspenses independentes cultuados como “Ruína Azul” (2013) e “Sala Verde” (2015), é praticamente uma versão contemporânea de “Rambo – Programado Para Matar” (1982), mas com um detalhe que faltava ao filme original: o elemento racial.

Aaron Pierre (o Malcolm X de “Genius”) interpreta Terry Richmond, um rapaz negro que chega à cidadezinha de Shelby Springs com a missão urgente de pagar a fiança de seu primo e tirá-lo da cadeia para salvá-lo de um perigo iminente. No entanto, suas economias são “confiscadas” pela polícia local, num roubo violento baseado na impunidade. Ao reportar o crime, ele encontra o chefe de polícia (Don Johnson, de “Watchmen”) e seus oficiais prontos para combate. Eles só não esperavam que Terry fosse um ex-fuzileiro naval com experiência em guerra real. Além disso, o jovem encontra uma aliada improvável na escrivã da delegacia, vivida por AnnaSophia Robb (“The Carrie Diaries”), o que coloca ambos contra uma conspiração profunda dentro da comunidade e numa luta armada contra a polícia local. Estreia na sexta (6/9)

 

LISA FRANKENSTEIN | PRIME VIDEO

 

Inédita nos cinemas brasileiros, a comédia romântica gótica acompanha uma adolescente que revive um cadáver para transformá-lo no homem perfeito de sua vida. Com roteiro de Diablo Cody (“Garota Infernal”), o filme conta a história de Lisa, jovem incompreendida dos anos 1980, e seu crush do ensino médio, que por acaso é um cadáver bonito, enterrado no cemitério local desde a era vitoriana. Depois que ela consegue trazê-lo de volta à vida, os dois embarcam em uma aventura assassina em busca de novos membros, um senso de autonomia e talvez até de amor. Nesta jornada, eles matam pessoas para obter as partes do corpo necessárias para manter a Criatura viva, além de tentar melhorar sua aparência e funcionalidade.

A atriz Kathryn Newton, que viveu a filha do Homem-Formiga no mais recente filme do herói (“Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”) interpreta Lisa com um visual que combina os looks de Madonna e Winona Ryder nos anos 1980, enquanto Cole Sprouse, o Jughead de “Riverdale”, dá vida ao cadáver ambulante. A direção é de Zelda Williams, filha do falecido ator Robin Williams (“Jumanji”), que evoca o cinema de Tim Burton em seu primeiro longa-metragem – após chamar atenção com a comédia de terror “Kappa Kappa Die”, uma telefilme de 45 minutos, em 2020. Já disponível

 

O CARA DA PISCINA | PRIME VIDEO

 

A comédia stoner escrita, dirigida e estrelada por Chris Pine (“Mulher-Maravilha”) traz o ator como Darren Barrenmam, um limpador de piscina malucão que se alterna entre o trabalho num famoso prédio em Los Angeles e a vocação de ativista, com apresentação de projetos ignorados na câmara municipal. Um dia, ele descobre o maior roubo de água da história de Los Angeles e é convencido de que o presidente da câmara é o culpado. Assim, inicia uma investigação atrapalhada com seus amigos, formando alianças inusitadas e seguindo pistas incomuns, que o levam a acreditar numa grande conspiração.

A estreia de Chris Pine como diretor conta com produção da cineasta Patty Jenkins (que o dirigiu na franquia “Mulher-Maravilha”) e traz um elenco de peso, incluindo ainda Danny DeVito (“Mansão Mal-Assombrada”), Annette Bening (“Morte no Nilo”), Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiáveis”), DeWanda Wise (“Jurassic World: Domínio”), Clancy Brown (“Dinheiro Fácil”), Ray Wise (“Twin Peaks”) e Stephen Tobolowsky (“Feitiço do Tempo”). Estreia na sexta (6/9)

 

NAPOLEÃO: VERSÃO DO DIRETOR | APPLE TV+

 

A nova edição do épico histórico de Ridley Scott (“Casa Gucci”), que marcou um reencontro entre o diretor e o ator Joaquin Phoenix (“Coringa”), 23 anos após “Gladiador”, inclui 48 minutos de cenas inéditas, aprofundando ainda mais a narrativa sobre a vida do imperador francês e sua relação com Josefina. Phoenix encarna Napoleão desde sua ascensão como jovem tenente, mostrando sua habilidade em navegar e manipular o cenário político e social da França revolucionária em sua caminhada para assumir o título de imperador.

Notável pela execução técnica, o filme apresenta cenas espetaculares de batalhas com uma combinação de som impactante e coreografia intrincada, capturando o caos e a precisão das estratégias de Napoleão. Os detalhes de figurino e design de produção meticulosamente elaborados são outros destaques da produção grandiosa. Mas todo esse apuro esbarra na opção do diretor em retratar um Napoleão caricatural, sujeito a pitis e frases infantis, que não parece fazer justiça ao papel histórico do personagem. Ele é apresentado como uma figura ambígua, capaz de estratégias geniais, mas que também demonstra enorme instabilidade emocional diante de desastres, como a lendária derrota em Waterloo. Além disso, na versão original a importância de Josefina (Vanessa Kirby, de “Missão: Impossível – Acerto de Contas”) era bastante minimizada, o que muda com a ampliação do longa. A versão do diretor adiciona cenas que exploram as origens de Josefina e apresenta detalhes inéditos sobre a queda do imperador, incluindo sua tentativa de assassinato e a fracassada invasão da Rússia.

Vale apontar que, apesar de três indicações ao Oscar, não faltam imprecisões históricas nas mais de 3 horas da produção. Já disponível.

THE FIRST SLAM DUNK | NETFLIX

 

Adaptação cinematográfica do popular mangá “Slam Dunk”, o anime foi escrito e dirigido pelo próprio criador dos quadrinhos, Takehiko Inoue. A trama se concentra na equipe de basquete do Ensino Médio Shohoku, que compete pelo campeonato nacional. Ao contrário da tradição dos dramas de esportes, que guardam o grande jogo para o final, a trama inteira do desenho se desenrola ao longo de um único jogo, intercalado com flashbacks que oferecem uma visão mais profunda da vida dos jogadores, com destaque para o armador Ryota e o ala-pivô egocêntrico Hanamichi.

A representação do basquete é um dos pontos altos do filme, capturando a fisicalidade explosiva do esporte através de uma combinação de imagens geradas por computador e animação tradicional desenhada à mão. A ação é fluida e realista, com movimentos dos jogadores que lembram a realidade do esporte, desde a captura de passes até a realização de enterradas. A trilha sonora complementa a ação, imitando perfeitamente o som de uma bola ao sair das pontas dos dedos de um jogador até gerar um estrondo sísmico a cada enterrada.

Apesar de ser uma adaptação de um mangá que abrange 31 volumes, e que rendeu uma série com 101 episódios nos anos 1990, “O Primeiro Slam Dunk” consegue condensar a essência da história no filme de duas horas, encontrando uma forma inovadora de fornecer uma compreensão mais profunda de seus personagens, ao mesmo tempo em que serve uma variedade implacável de jogadas e reviravoltas capazes de fazer os fãs de esportes pularem nas poltronas. Já disponível.

 

 

* Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.